20 Abril 2024, Sábado
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Autarcas insatisfeitos com ministro da Saúde defendem medidas de fundo

Manuel Pizarro marca visita ao Centro Hospitalar e volta a reunir-se com André Martins, Francisco Jesus e Álvaro Amaro em Janeiro

 

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Os presidentes das câmaras de Setúbal, Palmela e Sesimbra dizem ter saído insatisfeitos da reunião que tiveram na noite de terça-feira com o ministro da Saúde e defendem que “o Centro Hospitalar de Setúbal precisa de medidas de fundo”.

Isto tendo em conta que Manuel Pizarro apresentou como “solução provisória” o funcionamento alternado, “nos fins-de-semana que faltam até ao final do ano e provavelmente no primeiro trimestre [de 2023]”, das urgências de obstetrícia dos hospitais de Setúbal e do Barreiro, enquanto o de Almada mantém este serviço aberto.

“É uma medida de emergência que compreendemos, porque é fundamental que as pessoas saibam onde se devem dirigir quando têm um problema. Agora, o que afirmámos é que isto não é nenhuma medida de fundo”, disse o presidente da Câmara de Setúbal no final do encontro, citado em comunicado da autarquia sadina.

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“Claramente não podemos sair satisfeitos”, acrescentou Francisco Jesus (Sesimbra) sobre a decisão tomada pela direcção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com o objectivo de evitar maiores constrangimentos devido à falta de meios humanos.

Em seguida explicou que, entre os hospitais de Setúbal e Barreiro, vai estar a funcionar “uma maternidade num fim-de-semana e a outra noutro por forma a que haja uma previsibilidade por parte dos utentes de que há um serviço aberto”.

De acordo com o presidente da autarquia sesimbrense, trata-se de “legitimar de certa forma as falhas em dias programados”, além de ter reconhecido que os edis “compreendem a posição do Ministério da Saúde, mas, pela experiência que têm, não podem concordar [com a mesma]”.

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Solução definitiva passa por contratação de profissionais

No encontro, André Martins (Setúbal) voltou a afirmar que é necessário “serem contratados profissionais para os diversos serviços do CHS” e sublinhou que “os presidentes de câmara pretendem soluções definitivas para resolver estes problemas e não soluções pontuais”.

“Fizemos questão de deixar bem claro que estas medidas pontuais não resolvem os problemas. Isso seria um engano para as populações e nós não aceitamos esse tipo de posições”, frisou.

Já Álvaro Amaro (Palmela) referiu que os autarcas não querem “que isto se torne definitivo”, assim como não admitem “qualquer encerramento de qualquer especialidade no Hospital de Setúbal”.

“Queremos fazer uma avaliação permanente desta resposta”, afirmou. De acordo com o autarca, foi anunciado aos três presidentes de câmara que “haverá medidas tendo em vista autonomizar e possibilitar as administrações dos hospitais de contratarem com mais flexibilidade”.

Antes, André Martins referiu que Manuel Pizarro garantiu que, depois de implementadas as referidas soluções imediatas, serão tomadas outras “de fundo para resolver o problema” do CHS.

Apesar de não terem ficado satisfeitos com a reunião com Manuel Pizarro, na qual esteve também o secretário de Estado da Saúde, os autarcas “saíram do encontro com a convicção de que o ministro e Ricardo Mestre compreenderam a sua posição e conhecem a situação”, até porque “manifestaram disponibilidade”.

Para o final de Janeiro ficou agendada uma visita de Manuel Pizarro ao Centro Hospitalar de Setúbal, “bem como uma nova reunião entre as partes, na qual será avaliado o efeito das medidas tomadas pelo Governo”.

O Centro Hospitalar de Setúbal, “no conjunto dos três concelhos e também de áreas do Litoral Alentejano, serve uma população de 300 mil pessoas”. Até às 08 horas de ontem, a Urgência Geral do Hospital de São Bernardo voltou a não receber doentes enviados de ambulância pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU).

Na segunda-feira, os presidentes das câmaras de Setúbal, Palmela e Sesimbra recolheram diversas sugestões para a reunião realizada no dia seguinte no Ministério da Saúde, pedida após o encerramento temporário da Urgência Pediátrica do CHS.

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