Beatabag encaixa no maço de tabaco ou num objecto pessoal
O setubalense Pedro Grilo criou um porta-beatas que se encaixa no maço de tabaco ou no porta-chaves com o propósito de se evitar o mau hábito de jogar as beatas à rua ou enterrá-las no areal da praia.
Feitos em alumínio que previne o mau cheiro, os beatabag estão disponíveis em Portugal desde início do ano e surgiram pela mente deste jovem setubalense de 27 anos.
“As beatas não são algodão, como muitos pensam, são compostas por micro plásticos chamados acetato de celulose que são levadas pelas águas da chuva para os oceanos e demoram vários anos a degradar-se”, afirma.
Pedro Grilo fumou entre os 18 e 23, mas, quando soube deste facto pouco conhecido, sobre como são compostas as beatas de cigarro, deixou de as deitar para o chão. Nesse momento, deparou-se com um problema. “Não encontrava caixotes do lixo ou papeleiras e tinha constantemente de procurar por eles para deitar a beata fora”, refere.
Em Agosto de 2019, já sem fumar há três anos, o problema não lhe saia da cabeça e então criou os beatabag um porta-beatas em alumínio que todos os fumadores podem levar consigo diariamente no bolso ou no maço de tabaco.
“Queria algo inovador, elegante e durante uns meses andei nas ruas de Setúbal a pedir opiniões aos fumadores até chegar ao produto final”, explica Pedro. “Queria algo diferente e que principalmente, não emitisse cheiros, e o alumínio faz isso mesmo, nem é preciso apagar o cigarro antes de o colocar nos beatabag”.
Os objetivos do jovem setubalense são ambiciosos e amigos do ambiente. “Quero que todos os fumadores tenham um beatabag para livrar o planeta das beatas de cigarro, que poluem o meio ambiente”.
O porta-beatas beatabag existe em três modelos, a versão Plus (12,49€) para 14 beatas e colocar no porta-chaves, a versão Clip (10,49€), com capacidade para seis beatas e encaixe nos maços de tabaco ou para guardar no bolso, e a versão Slim (9,99€), lançada mais recentemente.
Os modelos estão à venda no website da marca com entrega gratuita em casa, mas também podem ser encontrados em lojas, centros comerciais ou estações de transportes públicos um pouco por todo o país.
No website da empresa há um espaço dedicado à sensibilização e consciencialização ambiental sobre o problema do plástico. “Há muitas pessoas que não sabem que a beata é composta por micro plásticos e não algodão, como eu pensava, e aqui podem consultar artigos que explicam isso mesmo”, adianta Pedro Grilo.
