Infra-estruturas portuárias de Setúbal e Sines com indicadores positivos em período difícil para os portos
O Porto de Setúbal ao registar um “crescimento de 69 escalas de navios até Novembro do ano passado”, está em contraciclo com o global dos portos nacionais que apresentaram um recuo de “11,4%” neste parâmetro, isto face ao período homólogo de 2019.
Pelos dados publicados pela Autoridade da Mobilidade dos Transportes (AMT), nas infra-estruturas portuárias do País verificou-se “um total de 8 648 escalas”, o que se traduz numa “quebra total de 1 118 escalas”, comparado com o mesmo período.
A par de Setúbal, e também em linha positiva, estão os portos de “Faro e Figueira da Foz que registaram variações positivas, tendo um crescimento de 15 e 10 escalas, respectivamente”.
Na “variação negativa global” apurada pela AMT quanto à maioria dos portos nacionais, o de Lisboa destaca-se ao registar “uma diminuição de 848 navios”, o que está relacionado com o “impacto das medidas de combate à pandemia de Covid-19” que foram “responsáveis pelo cancelamento de cerca de 320 escalas de navios de cruzeiro de passageiros no período em análise”. Esta mesma razão “justifica a redução, pelo menos parcial, do número de escalas verificado nos portos de Leixões e de Portimão, cuja diminuição total se situa, respectivamente, na casa das 122 e 71 escalas”.
No segmento de contentores, nos primeiros 11 meses do ano passado, a AMT aponta um “volume de cerca 2,57 milhões de TEU” – unidade de medida de contentores -, “ultrapassando em mais 1,2% o volume acumulado no período homólogo de 2019.
O mesmo organismo destaca o Porto de Sines como o que mais contribuiu para este desempenho positivo, no segmento de contentores, ao registar um acréscimo de 154 mil TEU, ou seja, mais 11,7%. Também Setúbal e Leixões registaram mais 26,5 mil TEU e 8,5 mil TEU, respectivamente”, sendo que “o somatório destes acréscimos ascende a 188,9 mil TEU.
No todo nacional, o desempenho dos dois portos do Distrito de Setúbal, e do Porto de Leixões, “anulam o somatório das diminuições registadas em Lisboa e na Figueira da Foz, que se situa em 158,5 mil TEU”.
Com ALYN // JNM // Lusa
