Convento de Jesus vai reabrir portas com uma nova escultura romana do século III

Convento de Jesus vai reabrir portas com uma nova escultura romana do século III

Convento de Jesus vai reabrir portas com uma nova escultura romana do século III

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Obra vai permanecer exposta na sala V dos claustros e pode ser vista a partir de 10 de Outubro

 

O Convento de Jesus, que se prepara para reabrir portas nos dias 10 e 11 de Outubro, vai passar a contar com a exposição de uma escultura romana do século III, doada à Câmara Municipal de Setúbal pela Fundação Buehler-Brockhaus. O novo tesouro, concebido com o tema “Cautopates”, “um dos dois guardas do deus Mitra”, já se encontra instalado no local e representa a última oferta de Hans-Peter e Marion Buehler-Brockhaus à autarquia antes de cessar funções no final do passado ano, refere o casal em comunicado.

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A estátua de mármore, que vai permanecer “exposta na sala V dos claustros”, “pertencia à colecção de arte antiga de Ludwig Beumer de Wiebaden, natural da Alemanha”, tendo estado “desde 1940 na posse de seus avós paternos”. “Durante o bombardeamento à cidade na Segunda Guerra Mundial, a casa onde se encontrava incendiou-se, provocando marcas de queimadura na sua superfície”.

O casal alemão radicado em Setúbal adquiriu a obra em 2018, também “pela relação que o deus Mitra tem com a cidade”. “Cautes e Cautopates pertencem ao culto de Mithras. São os dois torcheiros representados, ladeando o deus Mithras nas imagens romanas antigas mithraicas. Utilizam barretes frígios e geralmente são representados com pernas cruzadas”, esclarece Hans-Peter e Marion Buehler-Brockhaus.

O culto a Mitra começou “no século XIV antes de Cristo na Índia. Mais tarde, no Irão, converteu-se no representante divino das alianças masculinas. Desde o século I depois de Cristo (d.C.) foi considerado um deus salvador, ligado ao sol e adorado pelos legionários romanos”. “Os templos de culto começaram por surgir em cavernas naturais e mais tarde apareceram construções escuras e sem janelas, que se espalharam desde o século II d.C. em todo o Império Romano e se arrastaram pela Europa até à Inglaterra”.

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De acordo com o mesmo documento, “encontram-se também em Troia, provavelmente sob a basílica paleocristã, e também na margem Norte do rio Sado, na Mitrena, que servia de ancoradouro para os navios romanos”.

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