18 Abril 2024, Quinta-feira
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“Resíduos no Vale da Rosa não são da Metalimex”

Teresa Almeida, presidente da CCDR-LVT, garante. Os resultados das análises feitas aos detritos perigosos devem ser anunciados ainda esta semana

 

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As cerca de 30 mil toneladas de resíduos perigosos encontradas este ano no Vale da Rosa, em Setúbal, não pertencem à antiga empresa Metalimex.

A garantia é dada por Teresa Almeida, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT), entidade que pediu a realização de análises aos detritos há cerca de dois meses e meio, após a associação ambientalista ZERO ter denunciado o caso.

“Seguramente não são resíduos Metalimex”, afirmou, na passada sexta-feira, a responsável em resposta a O SETUBALENSE.

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Todas as conclusões dos testes realizados só devem, porém, ser conhecidas nos próximos dias. “Penso que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) terá resultados até final desta semana [ontem]”, disse Teresa Almeida, que espera poder comunicar a informação detalhada durante esta semana.

Em Junho último, a associação ZERO revelou a existência deste depósito ilegal de materiais perigosos nas proximidades das antigas instalações da Metalimex, junto ao Complexo Municipal de Atletismo de Setúbal. E considerou tratar-se de escórias de alumínio que a antiga empresa importou da Suíça entre 1987 e início da década de 1990 para o Vale da Rosa, com o intuito de produzir lingotes daquele material. O que nunca viria a acontecer já que a empresa, após batalha jurídica, acabou por ser intimada a recambiar os resíduos. Seriam, contudo, os governos português e suíço que, depois de um acordo, assegurariam em várias fases a operação de transporte das dezenas de milhares de toneladas daqueles resíduos para uma unidade fabril localizada em Lunen, na Alemanha, para adequado tratamento. O último carregamento foi realizado em Dezembro de 1998.

Autarquia duvidou sempre

A ligação entre os detritos agora encontrados e os da antiga Metalimex é agora descartada pela presidente da CCDR-LVT. De resto, essa hipótese levantou, desde a primeira hora, muitas dúvidas quer a Teresa Almeida quer à Câmara Municipal de Setúbal, que havia sido informada por munícipes da existência do depósito destes resíduos no passado mês de Fevereiro.

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A autarquia identificou o Millennium BCP como proprietário do terreno onde se encontram as quase 30 mil toneladas de detritos e notificou a instituição bancária para proceder à limpeza do local.

A denúncia da ZERO levou o Ministério do Ambiente a abrir uma investigação ao caso. Os resultados das análises aos resíduos vão determinar o rumo a dar aos materiais.

 

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