24 Abril 2024, Quarta-feira
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Covid-19: Sindicatos de Setúbal dizem que empresas aproveitam pandemia para despedir temporários

A União de Sindicatos de Setúbal (USS) denunciou hoje o “despedimento de mais 500 trabalhadores” de diversas empresas da região, que classifica como “abusos patronais” e um “aproveitamento da pandemia Covid-19”.

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“Temos conhecimento de mais de 500 casos de trabalhadores temporários que estão a ser despedidos por diversas empresas, quando existem outros meios e mecanismos legais a que podiam recorrer para dar resposta à situação atual”, disse à agência Lusa o coordenador da USS, Luís Leitão.

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Em comunicado hoje divulgado, a USS diz ter conhecimento de vários casos [de despedimento de trabalhadores temporários], designadamente nas “empresas RARI e Isporeco, através da empresa de trabalho temporário Globaltempo, que trabalha dentro do complexo da Autoeuropa”.

O comunicado da USS refere também que há vários casos de “processos disciplinares que estão a ser efetuados a motoristas, o que revela um claro aproveitamento por parte das empresas para depois irem ao mercado de trabalho contratar trabalhadores por valores salariais mais baixos”.

Segundo Luís Leitão, a maior parte destes casos ocorreu nas empresas Primofrigo e TST (Transportes Sul do Tejo).

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A par da preocupação com a alegada instauração indevida de processos disciplinares e despedimento de trabalhadores temporários, a USS manifesta também grande preocupação com as empresas do Estaleiro Naval da Mitrena, que diz não estarem a cumprir o plano de contingência nem a fornecer equipamentos de proteção individual aos trabalhadores.

Por outro lado, a estrutura sindical afeta à CGTP-IN diz que os testes às tripulações dos navios estão a ser feitos após o desembarque, e não em alto-mar, o que considera ser uma irresponsabilidade e um incumprimento das orientações da Direção Geral da Saúde.

Para a USS também é “inadmissível multinacionais como a Hanon e a Visteon estarem a transportar os trabalhadores da mesma forma [que faziam antes da pandemia] e não aplicarem um plano de contingência que permita que 50% dos trabalhadores fiquem em casa de “quarentena preventiva”, como “não é compreensível que queiram que os trabalhadores tirem férias ou pretendam recorrer ao ‘lay-off’ [suspensão temporária dos contratos de trabalho], no caso da Visteon”.

A USS promete ainda dar conhecimento desta tomada de posição à AISET – Associação da Indústria da Península de Setúbal, uma vez que, segundo afirma no comunicado, a maioria das empresas em causa são associadas daquela associação empresarial.

Lusa

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