12 anos de um orfanato que se transformou num dos lugares mais turísticos de Setúbal

12 anos de um orfanato que se transformou num dos lugares mais turísticos de Setúbal

12 anos de um orfanato que se transformou num dos lugares mais turísticos de Setúbal

Centro de promoção para o turismo na cidade celebra uma dúzia de anos, mas as suas raízes remontam ao século XVIII

 

Um dos edifícios mais icónicos na Avenida Luísa Todi, no lado oposto ao Largo José Afonso, chama a atenção de qualquer pessoa que por lá passe. Com toda a sua imponência e de um azul inconfundível, eis a Casa da Baía, o principal centro de promoção turística da cidade e um dos principais cartões de visita da cidade de Setúbal, que celebrou ontem 12 anos de existência.

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A história deste espaço começou a ser escrita no século XVIII. Este edifício secular, património municipal, foi na sua origem a casa da Ordem Religiosa de Carmelitas, conhecido, então, por casa de Recolhimento da Soledade. O edifício, que é actualmente centro de promoção turístico, foi um antigo recolhimento para acolher mulheres mais pobres, tendo sido construído em 1753 por D. António Domingues de Sousa.

O construtor ergueu este recolhimento às suas custas, com o objectivo de recolher as mulheres “honradas e pobres”. O primeiro imóvel dispunha de pequenas casas térreas articuladas em pátios de uso comum, com alguns edifícios de uso colectivo. Esta obra acabou por resistir apenas dois anos, uma vez que foi destruído pelo terramoto de 1755. O edifício no seu pós-terramoto inspirou-se no sistema conventual beneditino-cisterciense. Após um interregno muito grande, com a edificação a não ter uso, foi em Maio de 1919 que se instalou o Orfanato Municipal de Setúbal, com capacidade máxima para 70 crianças e adolescentes do sexo masculino, órfãos de pai e mãe.

Os jovens ficavam em regime de internato até atingir a maioridade, onde aprendiam os ofícios de carpinteiro, encadernador, tipógrafo ou sapateiro. Após 45 anos de existência, o seu fim chegou em 1964, com o orfanato a ser extinto. Foi no ano de 1975 que se instalou no local a creche dos Pirilampos. Em 2011 a Câmara Municipal de Setúbal decidiu adquirir o edifício, e após obras de requalificação do edifício totalmente devoluto, sofreu alterações na decoração, da autoria do decorador setubalense João Maria.

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O edifício foi convertido no Centro de Promoção Turística de Setúbal, sendo que durante as obras foram descobertas no pátio algumas ruínas antigas actualmente conservadas através de um vidro. Em 2016, realizaram-se novas obras de requalificação e, a Casa da Baía, tornou-se actualmente num espaço que permite aos seus visitantes experienciar um pouco da vida da região.

Actualmente, com dois pátios, um interior e outro exterior, uma loja de produtos regionais, um restaurante, sala de reuniões e auditório, núcleo arqueológico e o Centro de Interpretação de Golfinhos, a Casa da Baía concentra, ainda, um posto de informação turística, a sala das Confrarias do Moscatel de Setúbal e do Queijo de Azeitão e a sala da Associação da Baía de Setúbal. Estes espaços permitem, também a realização de eventos oficiais e de entretenimento de natureza variada, desfrutando de um ambiente dinâmico e confortável.

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