“Simplesmente Marias” mostra papel da mulher durante a ditadura em peça de teatro itinerante

“Simplesmente Marias” mostra papel da mulher durante a ditadura em peça de teatro itinerante

“Simplesmente Marias” mostra papel da mulher durante a ditadura em peça de teatro itinerante

Teatro Sui Generis juntou-se ao Museu Marítimo de Sesimbra para contar testemunhos reais

 

O papel da mulher durante a ditadura salazarista vai ser mostrado durante um espectáculo itinerante que leva o público a assistir a momentos contados por quem ouviu os testemunhos de histórias reais. Falamos da peça de teatro “Simplesmente Marias” uma parceria entre a equipa do Teatro Sui Generis e o Museu Marítimo de Sesimbra que se propõem, no próximo sábado à noite, a levar a plateia até tempos antes do 25 de Abril de 1974.

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Tiago Filipe, encenador e dramaturgo do espectáculo, diz que a escolha de retractar a mulher, durante este período da história, deve-se ao “esquecimento” em detrimento de outros protagonistas.

“Quando falamos do 25 de Abril o que vem sempre à cabeça são os homens e os capitães, os que foram para a guerra e os da PIDE, e os homens do próprio Governo de Salazar. Nunca se fala muito das mulheres e elas tiveram um papel muito importante durante todo esse período da ditadura”, refere a O SETUBALENSE.

O encenador continua considerando que “quando os homens iam para a guerra, eram as mulheres que tinham de suportar a família e também porque havia muitos homens que fugiam para não irem à tropa”.

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“O próprio estatuto da mulher não era, digamos, não era uma mulher, era uma cidadã de segunda que não estava ao nível do homem”. Assim a companhia de teatro tem
encontro marcado com os visitantes no próximo sábado (30 de Setembro) na Fortaleza de Santiago, pelas 21h, para uma peça itinerante que vai percorrer vários pontos da freguesia com o objectivo de “fazer o público circular” e levar o museu para a rua.

“É um espectáculo em que a ideia é o público circular por vários pontos de Sesimbra, é um espectáculo itinerante que o público começa todo junto na Fortaleza, mas depois é dividido em três grupos e cada um vai fazer o seu percurso onde passam por várias cenas. A ideia foi criarmos quase um museu – já que isto também é uma parceria com o museu – um museu-vivo em que vamos habitar vários espaços e em que cada um é a história de uma ou várias pessoas. A ideia é de o museu vir para a rua”.

A apresentação, planeada ao longo de vários meses, conta com testemunhos de vários utentes do Centro de Convívio da Fonte Nova que resultaram agora numa mostra feita por oito actores amadores – também membros da comunidade – com idades entre os 30 e os 70 anos.

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Além de vários momentos que pro- metem ser uma surpresa a Sociedade Musical Sesimbrense terá uma participação especial. Conta-se ainda a ajuda de cinco membros da equipa criativa que colaboram com a equipa do museu sesimbrense.

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