26 Junho 2024, Quarta-feira

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Projecto “Cardápio” promove alimentação saudável, sustentável e acessível

Projecto “Cardápio” promove alimentação saudável, sustentável e acessível

Projecto “Cardápio” promove alimentação saudável, sustentável e acessível

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Iniciativas realizam-se junto da comunidade escolar do concelho de Sesimbra e do Distrito

 

A associação Anime – Projecto de Animação e Formação, que crê no poder do associativismo e da actuação em comunidade, tem, entre os seus projectos, o “Cardápio”, que pretende promover saúde e bem-estar através da confecção de uma alimentação saudável, sustentável e em conta.

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Sedeada na Quinta do Conde, tem desenvolvido as suas acções no concelho de Sesimbra, já chegou a algumas escolas de Almada e pretende continuar a expandir a sua actividade a nível do concelho e consequentemente do distrito e do país.

“Sou bióloga de formação, estive durante muitos anos ligada ao ensino e à elaboração de manuais escolares, na área das ciências naturais, e muitos dos projectos que surgiram em agregação aos livros diziam respeito à promoção da saúde. Quando saí da editora, em 2018, voltei a estudar”, começa por dizer Ana Duarte, bióloga, pós-graduada em microbiologia médica e saúde pública e membro da Associação Anime – Projecto de Animação e Formação, a O SETUBALENSE.

“Fiz então um mestrado em saúde pública. Muito se fala hoje na pandemia de covid-19 mas uma das grandes componentes da saúde pública, e foi o que me levou a escolher este mestrado, é a promoção da saúde propriamente dita. Com a promoção de saúde evitamos a doença ou pelo menos esperamos ter menos doença a acontecer. A alimentação é um factor muito importante a ter em consideração nesta equação”, adianta.

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O projecto “Cardápio” surge, assim, a partir da ideia de criar um pacote de actividades, de carácter lúdico, que, desde o ensino pré-escolar ao ensino secundário, na escola mas também na comunidade, possa dar a todos, independentemente do seu nível de escolaridade e da sua situação socioeconómica, acesso a informação no âmbito alimentar.

“A ideia foi criar condições para que todos dentro de uma comunidade tenham acesso a informação e de forma contínua para que ao longo da sua vida possam aumentar a sua literacia, fazer as suas escolhas mais saudáveis e conseguir ter ganhos em saúde”, explica.

“Neste processo, o indivíduo ganha porque terá ganhos em saúde a longo prazo e ganha a comunidade, no seu todo”, continua.

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Actividades transmitem ensinamentos sobre os alimentos de forma lúdica

A partir da alimentação e da promoção de estilos de vida saudáveis, foram desenhadas actividades para desenvolver nas escolas e em comunidade “para que todos possam ter acesso, trabalhar ou ver pelo menos hipótese de aumentar a sua literacia em saúde e nomeadamente a literacia alimentar”.

No entender de Ana Duarte, “os conteúdos escolares já abordam estes temas e a ideia passa por transformar o conteúdo em algo lúdico, de carácter relativamente frequente, para que cada aluno possa interiorizar e valorizar mais a experiência e a informação que recebe”.

Até ao momento, o “Cardápio” já desenvolveu as suas actividades na freguesia da Quinta do Conde, com três turmas do Agrupamento de Escolas da Quinta do Conde, onde foi abordada a utilização dos açúcares na alimentação, e com uma “acção relâmpago” no Agrupamento de Escolas da Boa Água de prevenção da utilização do sal.

No total das seis acções dinamizadas até agora, foi ainda até ao município de Almada, com outras três acções dentro do projecto “Mãos à obra”, que aborda a alimentação saudável, sustentável e acessível.

“Não adianta pensarmos numa alimentação baseada em qualquer alimento que depois não seja acessível a todos, ao bolso comum”, considera, esclarecendo que “a ideia é dar essas pistas também e ajudar nesse sentido”.

Na comunidade, no seu todo, por seu turno, o projecto tem acções previstas para espaços públicos, como o mercado, “onde qualquer pessoa pode ir”, mas pretende igualmente trabalhar “alguns sectores mais frágeis da sociedade”.

Ana Duarte dá um exemplo: “os beneficiários da ajuda alimentar recebem um cabaz de ajuda alimentar e depois o que fazem com aqueles bens? O que podem fazer para que se torne saudável e apetecível? Tem de ser algo que dê gosto. No nosso país, juntamo-nos por diversas ocasiões à volta de uma mesa, a refeição é um momento muito importante”.

O objectivo é, em suma, encontrar alternativas que sejam simultaneamente saudáveis, sustentáveis e acessíveis do ponto de vista financeiro, abrangendo todas as faixas etárias.

“Para trabalhar essencialmente com os idosos, temos previstos temas como o sal, pela hipertensão, e a hidratação, dois problemas que afectam muito a terceira idade, perceber, dentro do universo da alimentação, que escolhas fazer para reduzir os riscos”, remata.

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