Marcelo diz que portugueses mudaram voto em alguns municípios por causa de soluções que estavam gastas

Marcelo diz que portugueses mudaram voto em alguns municípios por causa de soluções que estavam gastas

Marcelo diz que portugueses mudaram voto em alguns municípios por causa de soluções que estavam gastas

Marcelo Rebelo de Sousa esteve ontem em Sesimbra onde falou a centenas de alunos da escola Básica e Secundária Michel Giacometti

O Presidente da República afirmou hoje que os portugueses reconheceram a importância de votar nas eleições autárquicas de domingo e mudaram a sua posição nalguns municípios porque as soluções anteriores “estavam gastas”.

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 “Para mim, muita coisa que parece surpresa não é surpresa. Mudou porque aquilo que estava tão gasto, tão gasto, tão gasto, que qualquer alternativa e, em muitos casos, alternativas significativas e claramente mais apetecíveis, mereciam um voto na mudança”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

Marcelo Rebelo de Sousa, que falava a centenas de alunos da escola Básica e Secundária Michel Giacometti, na Quinta do Conde, em Sesimbra, defendeu que aqueles que têm responsabilidades devem estar atentos e não podem viver no interior de uma bolha.

 “Chegam lá [à autarquia] com ideias formidáveis. Eu vou mudar isto, aquilo, aquilo outro e tal. E ou faz as ideias rapidamente e, mesmo assim, tem de mudar resistências, as maiores possíveis imaginárias, porque há uma inércia das estruturas, há uma inércia das instituições. Ou depois começa a pensar: eu agora só vou comprar chatices, eu vou comprar chatices todo o tempo que estiver cá. Não pode ser”, disse.

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 “A democracia faz surpresas, só a ditadura é que não tem surpresas. Enquanto estiver lá o ditador, não há surpresa nenhuma porque ele pensa sempre da mesma maneira”, lembrou Marcelo Rebelo de Sousa. 

 Em declarações aos jornalistas, também se congratulou com a descida da abstenção e com a participação dos jovens no ato eleitoral.

 “Estou muito feliz com o facto de a abstenção ter descido muito. É sinal de que o povo percebeu, os portugueses perceberam, que era muito importante neste momento votarem, e que era, no fundo, votar no futuro, votar em anos fundamentais, com os fundos europeus disponíveis, daqui até ao fim da década, até 2029, e que corresponderam em massa, mesmo naquelas áreas urbanas, metropolitanas, em que muitas vezes a abstenção era muito elevada”, disse.

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 “Os jovens votaram. Isso foi muito importante, e nesse sentido foi um fator de legitimação adicional, no poder de base, o poder local”, acrescentou.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, a descida da abstenção é, também, um “sinal de estabilização da democracia”.

“É um sinal de estabilização da nossa democracia, porque tendo havido tantas eleições, e havendo no período de menos de um ano, três eleições, as legislativas, as locais e as presidenciais, isso não desmotivou, antes, pelo contrário, motivou a um voto que é muito significativo para o futuro”, disse.

 “As pessoas não acreditaram quando eu disse que cada autarquia era uma autarquia, e que, portanto, havia decisões só compreensíveis – mas é assim com as autarquias -, por razões locais.  Houve muitos autarcas que terminaram o último mandato, houve, pela natureza das coisas, a necessidade de mudança, mas, mesmo naqueles que se recandidataram, houve mudanças. Essa é a força da democracia. A democracia constrói-se na base dessa vivacidade, quer dizer que os portugueses estão atentos, estão vivos, estão participantes”, sublinhou.

Marcelo Rebelo de Sousa lembrou ainda que a “democracia é feita de surpresas”.

“A ideia de que aquilo que deu numa determinada época, dá indefinidamente, às vezes não é assim. Todos nós temos essas surpresas e é bom que seja assim”, concluiu o Presidente da República.

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