A associação Oceanum Liberandum encontra-se a promover a acção “Em defesa dos oceanos”, que pretende reunir mais de 700 mergulhadores de todo o mundo no mar de Sesimbra.
Marcado para o próximo dia 24 de Setembro, a começar pelas 08h00, o encontro é igualmente uma campanha de limpeza sub-aquática e o objectivo é precisamente bater o recorde mundial com o maior número de mergulhadores presentes numa acção de limpeza aquática. Em 2019, na Flórida, participaram 633 mergulhadores em 24 horas.
A iniciativa, que resulta de uma parceria entre a associação e a Câmara Municipal de Sesimbra, com o apoio de diversas entidades e algumas das principais organizações de mergulho do mundo, visa também reforçar a importância das acções de protecção da vida marinha e do combate às alterações climáticas.
Nesta acção de limpeza sub-aquática, pode participar qualquer mergulhador certificado, mediante inscrição no site da Oceanum Liberandum ou, presencialmente, nos centros de mergulho aderentes.
No evento, cada mergulhador fará o registo no Porto de Abrigo de Sesimbra, antes de entrar na embarcação, sendo-lhe atribuída uma hora de saída do mar. Os participantes serão depois transportados do porto até à zona de mergulho, ao longo de várias vagas ao longo do dia.
Além dos mergulhadores que estarão envolvidos na limpeza sub-aquática, a organização pretende ainda mobilizar voluntários que ajudem na separação e contabilização dos resíduos recolhidos. A organização pretende dar uma nova vida a esses resíduos, tentando que a maioria seja reutilizada na criação de peças de vestuário, móveis ou peças de arte.
Criada no final de 2021 por Débora Laborde e Rúben Galante com a missão de mergulhar pelo oceano, a Oceanum Liberandum nasceu com a missão de alertar para os problemas que os oceanos enfrentam e sensibilizar para a urgência de proteger a vida marinha. O projecto, que envolve a prática de mergulho e ações de limpeza sub-aquática em diversas partes do mundo, pretende, com esta iniciativa na costa de Sesimbra, unir centenas de pessoas numa prática desportiva, sustentável e em prol de uma causa ambiental e também demonstrar que os resíduos marinhos podem ter uma segunda vida além do aterro como destino final.
De acordo com os promotores, a escolha de Sesimbra para este evento de dimensão global “deve-se ao facto de ser considerada pelos adeptos de mergulho como uma das melhores zonas do país para a prática da modalidade. À riqueza e variedade da fauna e flora, junta-se a tranquilidade das suas águas, que facilitam o mergulho em qualquer altura do ano”.