Setúbal, Montijo, Seixal, Alcochete, Barreiro, Moita, Palmela, e Sesimbra não têm recolha desde terça-feira. Segundo STAL primeiro dia de greve teve adesão de 85% dos trabalhadores. Paralisação continua esta sexta-feira
A adesão ao primeiro de dois dias de greve na Amarsul foi de 85% e não houve recolha de resíduos urbanos em nenhum dos oito municípios que detêm 49% do capital da empresa, afirmou na quarta-feira fonte sindical.
A paralisação atinge os municípios de Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal, todos os da Península de Setúbal com excepção de Almada.
“Durante o dia de hoje não saiu nenhuma viatura dos ecoparques da Amarsul em Setúbal, Palmela e Seixal. As viaturas de recolha selectiva e dos ecopontos porta-a porta também não saíram para o terreno”, disse à agência Lusa Joaquim Sousa, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL).
“A empresa sabe muito bem o que pretendemos e aquilo que estamos a pedir são migalhas quando comparado com os 6,8 milhões de euros que foram distribuídos pelos accionistas nos últimos dois anos”, acrescentou Joaquim Sousa, lembrando que a Amarsul assegura a recolha e tratamento de lixos urbanos em todos os municípios da península de Setúbal, com excepção de Almada.
Os trabalhadores da Amarsul cumpriram hoje o primeiro de dois dias de greve – esta sexta-feira há nova paralisação – para exigirem aumentos salariais de 30 euros por cada trabalhador, mas a empresa oferece 21 euros para salários inferiores a 1.000 euros, 15 euros para trabalhadores com salários até 1.500 euros e 7,5 euros para os restantes.
Em declarações à agência Lusa, Joaquim Sousa garantiu que os trabalhadores estão determinados a prosseguir esta luta, até porque consideram que os aumentos reivindicados são muito razoáveis face aos valores que já foram distribuídos pelos accionistas.
A Amarsul já se afirmou surpreendida com a paralisação, tal como a Valorsul, na qual foram marcados os mesmos dois dias de greve.
As empresas referiram que decidiram aumentar os salários com efeitos retroactivos a Janeiro, privilegiando os trabalhadores com remunerações mais baixas.
Em Julho de 2015, a Amarsul e a Valorsul passaram a integrar o grupo Mota-Engil, por via da compra da Empresa Geral de Fomento (EGF), detentora de 51% do capital social da Amarsul.
Lusa