No âmbito das Jornadas Europeias do Património, Sesimbra organiza o Encontro Internacional de Paleontologia, a decorrer nos próximos dias 23 e 24 na Sala Polivalente da Biblioteca Municipal.
O evento comemora os 25 anos da classificação dos Monumentos Naturais da Pedreira do Avelino, no Zambujal, e dos Lagosteiros e da Pedra da Mua, no Cabo Espichel, e os cinquenta anos desde o início da investigação das jazidas de pegadas de dinossauros no concelho.
A programação começa a 23, pelas 15h30, e da sessão de abertura, denominada “Importância institucional e política da classificação do património natural”, fazem parte Francisco Jesus, presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, Teresa Oliveira, da Associação Portuguesa de Museologia, a Direcção-geral do Património Cultural, Nuno Lacasta, presidente da Associação Portuguesa de Ambiente, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e Octávio Mateus, presidente da Sociedade Portuguesa de Paleontologia.
Segue-se a intervenção “Evocação dos 200 anos da Constituição Portuguesa de 1822 – O Ambiente na Constituição de 1976: Ecos do Passado, Equívocos do Presente e Incertezas do Futuro”, por Carla Amado Gomes, da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
À tarde, o primeiro painel, “Património Natural – Património Cultural Mais-valias da Identificação das Comunidades com o Território”, moderado por Felícia Costa, vice-presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, conta com “Geoconservação”, por António Galopim de Carvalho, “Os Geoparques e a Ligação do Património Natural à Educação e Cultura”, por Nuno Pimentel, e “A Lenda de N. Srª. da Pedra da Mua Interpretações da Tradição Oral”, por Cristina Conceição, do Museu Municipal de Sesimbra.
No segundo dia, o segundo painel “Fósseis de vertebrados em Sesimbra – 50 anos de investigação”, moderado por Miguel Telles Antunes, arranca com Vanda Faria Santos e “Os Monumentos Naturais de Sesimbra”, seguida de Diego Castanera, com “Las Huellas de Dinosaurios de Sesimbra en el Contexto de los Yacimientos del Jurásico Superior de Europa”, e de Elizabete Malafaia, que apresenta “O Registo Fóssil de Dinossáurios Terópodes da Transição Jurássico-Cretácico na Península Ibérica”.
Integram igualmente este painel Pedro Mocho, com “Saurópodes de Portugal, os Gigantes que Caminharam em Sesimbra durante o Jurássico Superior-Cretácico Inferior”; Octávio Mateus e Darío Estravis López, com “Iberospinus Natarioi, o Novo Spinossaurídeo do Cretácico Inferior do Cabo Espichel”; e Silvério Figueiredo, que falará sobre “Vertebrados Fósseis do Barremiano do Cabo Espichel: 23 Anos de Investigação Paleontológica nas Formações do Areia do Mastro e do Papo-Seco, entre a Boca do Chapim e a Praia do Guincho”.
No período da tarde, o terceiro e último painel deste encontro, “Património geológico em Sesimbra – valorização, musealização e comunicação”, tem como moderador Francisco Jesus, presidente do município sesimbrense. As intervenções “O Litoral do Concelho de Sesimbra na Obra Pioneira de Carlos Ribeiro (1813-1882): Investigando a História da Geologia e Promovendo a Educação Ambiental, o Património e a Cidadania através de Paisagens Singulares e de Excecional Geodiversidade”, de Pedro Callapez, “Valorização e Comunicação do Património no Território de Sesimbra”, de João Ventura e Raquel Santana, da Câmara Municipal de Sesimbra, e “The Ancient Footprints of Pedra da Mua and Lagosteiros”, de João Franco, compõem este painel.
A terminar, Carlos Sargedas, da Arrábida Film Commission, apresenta “O Cabo Espichel como mote no turismo”, enquanto João Batista e André Sanches dão a conhecer “A Colecção Paleontológica da Câmara Municipal de Sesimbra” e Paulo Sá Caetano traz o “Geocircuito de Sesimbra: antecedentes, o presente e as perspectivas de futuro” para fechar a programação.