Acções abrangem o “tratamento e reabilitação das madeiras e criação de condições de navegabilidade e segurança”
A célebre barca Nossa Senhora da Aparecida está a ser alvo de trabalhos de reabilitação para adaptação a fins museológicos. Esta é já a segunda reparação na embarcação depois desta ter sido intervencionada por Acácio Farinha, cujos trabalhos tinham a mesma finalidade.
As acções, que estão a ser levadas a cabo pelo mestre Policarpo Botas no Porto de Sesimbra, abrangem o “tratamento e reabilitação das madeiras e criação de condições de navegabilidade e segurança” para que este seja transformado em polo do Museu Marítimo sesimbrense, como explica a nota de Imprensa do executivo.
O navio tradicional, com construção datada de 1961 no estaleiro de Joaquim Farinha, foi utilizada durante várias décadas para a prática de actividades piscatórias. Com 10 metros de comprimento a barca Nossa Senhora da Aparecida ficou conhecida pela travessia, em 2005, pelo Oceano Atlântico partindo de Sesimbra com destino a Porto Seguro, no Brasil, “recriando a rota seguida em 1500 por Pedro Alvares de Cabral”.
Já em 2012 foi comprada pela Câmara Municipal de Sesimbra com o objectivo de “fazer parte do espólio do Museu [Marítimo]” e, nesse sentido, foi utilizada “no apoio a actividades das escolas, em filmagens sobre o património da Arrábida, nas Férias Jovens, ou em actividades do projecto Ciência Viva, entre outras”.
O mestre Policarpo Botas no Porto de Sesimbra é um carpinteiro da área naval com mais de 50 anos de experiência na intervenção e reabilitação de embarcações tradicionais em madeira.