Cordão humano foi adiado para data a definir devido à chuva. PS, BE, PCP e PEV já recomendaram construção do equipamento que é reclamado há mais de uma década
Professores, encarregados de educação, representantes dos principais partidos políticos e forças sindicais juntaram-se esta quinta-feira, pela manhã, na Escola Michel Giacometti, na Quinta do Conde, concelho de Sesimbra, para exigirem a construção de uma nova escola secundária naquela freguesia.
A construção de uma nova escola secundária na Quinta do Conde já esteve prevista pela Parque Escolar e a Assembleia da República também já aprovou vários projetos de resolução, do PS, BE, PCP e PEV, que recomendam a construção daquele equipamento educativo, reclamado pela população local há mais de uma década, mas que tarda em ser construído.
“Estamos numa escola antiga que foi construída para 800 alunos, em 1986, mas que tem actualmente 1 200, e que, mesmo assim, já não consegue dar resposta a todos os alunos da freguesia”, disse aos jornalistas Eduardo Cruz, director do Agrupamento de Escolas Michel Giacometti, na Quinta do Conde.
“Muitos desses alunos têm de se deslocar para estabelecimentos de ensino fora do concelho de Sesimbra e utilizar vários meios de transporte”, acrescentou o director da escola, que falava durante uma iniciativa para reivindicar a construção de uma nova escola secundária na Quinta do Conde.
Organizada pela comunidade educativa, Câmara Municipal de Sesimbra e Junta de Freguesia da Quinta do Conde, a iniciativa para reivindicar uma nova escola secundária previa a realização de um cordão humano com milhares de alunos entre as três escolas da freguesia da Quinta do Conde, mas essa acção foi adiada para data a anunciar, devido à chuva intensa que caiu de manhã no concelho de Sesimbra.
“Falta só vontade política”, diz a vereadora Felícia Costa
Segundo Ana Oliveira, da Associação de Pais da Escola Básica Integrada da Quinta do Conde, “existe uma grande preocupação com os alunos que têm de frequentar outras escolas, uma vez que esses alunos não só têm de se sujeitar às áreas de estudo que ainda estão disponíveis nessas escolas, como também perdem, diariamente, entre duas a quatro horas em transportes”.
“Alguns alunos frequentam escolas que são relativamente perto da Quinta do Conde, mas o tempo de viagem em transportes públicos pode ser muito prolongado. Alguns alunos que utilizam os transportes públicos têm de se levantar às 5h30 para conseguirem estar nas escolas que frequentam às 8h30”, frisou Ana Oliveira, considerando que se trata de uma situação inaceitável nos dias de hoje.
A vice-presidente e vereadora da Educação na Câmara de Sesimbra, Felícia Costa, que também se juntou à iniciativa, lembrou que todas as forças políticas reconhecem a necessidade da nova escola e defendeu que a construção daquele equipamento deveria ser uma prioridade do Ministério da Educação.
“Penso que falta só a vontade política. Todos as forças políticas reconhecem a necessidade deste equipamento educativo, que já esteve previsto pela Parque Escolar, mas a construção da nova escola foi adiada sem que que nos tivessem dado um horizonte temporal para o início da construção”, disse.
“Esta freguesia é a que mais tem crescido a nível nacional e o problema vai agravar-se nos próximos anos. É necessário que o Ministério da Educação, de uma vez por todas, decida que a escola secundária da Quinta do Conde é uma prioridade”, rematou Felícia Costa.