28 Junho 2024, Sexta-feira

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APPDA acompanha no concelho de Sesimbra 40 pessoas com autismo

APPDA acompanha no concelho de Sesimbra 40 pessoas com autismo

APPDA acompanha no concelho de Sesimbra 40 pessoas com autismo

A associação tem vindo a lutar por conseguir melhores respostas e integração para as pessoas com autismo

Associação tem sede em Setúbal e um segundo pólo na vila quintacondense

 

A Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo (APPDA) de Setúbal surge em 2005 pelas mãos de um grupo de pais e técnicos que consideraram indispensável criar uma associação de promoção do desenvolvimento, da educação, da integração social e da participação na vida activa das pessoas com Perturbação do Espectro do Autismo (PEA) no Distrito de Setúbal, onde actualmente acompanha cerca de 100 pessoas.

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Com sede em Setúbal, a APPDA conta igualmente com um pólo na Quinta do Conde, que em breve mudará de instalações para um espaço que, de acordo com Carmen Cristino, vice-presidente e uma das sócias fundadoras da APPDA, “vai permitir dar mais e melhores respostas às 40 pessoas com autismo em acompanhamento no concelho de Sesimbra”.

A O SETUBALENSE, conta que neste espaço na vila quintacondense existem duas valências a funcionar: o Centro de Acolhimento, Acompanhamento e Reabilitação Social para Pessoas com Deficiência e Incapacidade (CARPD) e o Centro de Competências para o Autismo.

“O CARPD é uma valência apoiada pela Segurança Social que faz o atendimento e o acompanhamento às pessoas com PEA e às famílias e respectivas pessoas significativas. A área da reabilitação funciona essencialmente para maiores de 18 anos mas temos muitos casos a partir dos sete, com quem também trabalhamos”, refere.

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“O centro de competências, por sua vez, é um serviço que não tem apoio de nenhuma identidade estatal e engloba a área de terapêuticas, essencialmente psicologia, terapia da fala e psicomotricidade, e a avaliação de despiste de diagnóstico”, adianta.

Neste centro, estão ainda englobadas actividades como musicoterapia, natação adaptada e oficinas de promoção de competências, sem esquecer os sábados em que crianças e jovens trabalham competências nas suas áreas mais deficitárias e comprometidas, ao mesmo tempo que é promovido o descanso do cuidador.

“Todos os que chegam a nós são atendidos”

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pesar da sua localização, “tanto o CARPD como o centro de competências não estão cingidos à Quinta do Conde. Temos apoio em várias zonas e muitas vezes os nossos técnicos deslocam-se ao local onde está a criança. Abrangemos todo o distrito de Setúbal. Todos os que chegam a nós são atendidos, independentemente de onde venham”, explica.

No concelho de Sesimbra, a associação estabelece ligação com várias entidades, nas quais se destaca o Centro Comunitário da Quinta do Conde, com quem tem trabalhado em acções de sensibilização e integração de jovens da APPDA em actividades do centro, e a Câmara Municipal de Sesimbra, que presta apoio para o funcionamento da associação e atendimento das famílias.

Participa ainda em eventos no concelho e colabora com as instituições “conforme as necessidades das mesmas”.

Só falta a parte exterior para novo espaço ficar pronto

De acordo com Carmen Cristino, “o centro da Quinta do Conde já não chega para dar resposta. Um associado cedeu-nos uma moradia perto do sítio onde estamos e temos vindo a fazer a sua reabilitação. Neste momento estamos a tentar conseguir fundos para arranjar o espaço exterior, que precisa de algumas alterações, também por exigência do município, para que possamos ter o espaço licenciado”.

O objectivo “é passar todas as valências para a moradia, que tem muito melhores condições e vai permitir mais e melhores respostas”, diz.

A longo prazo, a APPDA pretende ainda realizar um dos seus objectivos iniciais. “Faço parte dos sócios fundadores da associação e no início sentimos que precisávamos de sensibilizar as pessoas para o autismo e fazer acções nas escolas e na comunidade que ajudassem a compreender e a intervir com esta população”, recorda.

“Existia então um objectivo final, que existe ainda, que passa pela construção do Respiro, uma resposta social de Centro de Actividades Ocupacionais, com capacidade para 30 pessoas, e lar residencial, para 12″.

Este é, nas palavras de Carmen Cristino, “o mais difícil. Nós, pais, preocupamo-nos com o que acontecerá aos nossos filhos quando não estivermos cá. A resposta nestas duas áreas não tem vagas suficientes. Esta é uma necessidade cada vez premente para as famílias”.

Neste sentido, a Câmara Municipal de Setúbal, “de quem temos recebido um apoio muito importante”, já cedeu um terreno, em Azeitão.

“Estamos neste momento à espera da escritura. O nosso sonho é a construção deste equipamento. Continuamos a batalhar e vamos conseguir. Temos de dar respostas especializadas e adequadas a esta população”, afirma.

“As pessoas com autismo precisam, as famílias também, e todo o nosso trabalho tem como objectivo a inclusão de pessoas com autismo na sociedade, mas como todas as associações precisamos muito de apoio. O único que temos é para o CARPD e não é considerável”, continua.

A luta diária continuará a sê-lo. “99 por cento das pessoas que integram os órgãos sociais da APPDA são pais de pessoas com PEA e por isso é muito difícil desistirmos destes projectos. Os nossos filhos estão em casa todos os dias a lembrar-nos de que é que precisam”, remata.

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