26 Junho 2024, Quarta-feira

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Tribunal da Relação confirma absolvição da Siderurgia Nacional

Tribunal da Relação confirma absolvição da Siderurgia Nacional

Tribunal da Relação confirma absolvição da Siderurgia Nacional

Relação de Lisboa confirma que empresa no Seixal cumpre legislação ambiental

 

O Tribunal da Relação de Lisboa confirmou a absolvição da Megasa – Siderurgia Nacional, no Seixal, decidida em primeira instância, quanto ao cumprimento da legislação ambiental, segundo acórdão a que agência Lusa teve acesso.

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Na sequência de uma acção popular cível contra a empresa por alegada poluição, o Tribunal de Almada determinou em Outubro de 2021 que a actividade cumpre a legislação ambiental e que não ficou provado que prejudica a saúde das populações, pelo que não deveria ser suspensa a sua actividade.

A acção popular cível contra a SN Seixal – Siderurgia Nacional, no distrito de Setúbal, foi apresentada em Fevereiro de 2019 pela Associação da Terra da Morte Lenta.

O objectivo da acção, na qual era pedida a suspensão da actividade, era averiguar o impacto da Siderurgia Nacional na poluição atmosférica na Aldeia de Paio Pires, onde os moradores se queixavam da existência de um pó preto, que se acumula em ruas, varandas e veículos.

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O Tribunal de Almada concluiu que a empresa respeita os termos da Licença Ambiental, que é de 2017, e que ficou provado, no julgamento, que começou em Setembro de 2020, que a Siderurgia Nacional “cumpre todas as obrigações legais que sobre si impendem e que visam a protecção da saúde humana e do meio ambiente”.

Depois da decisão do Tribunal de Almada, a associação recorreu para a Relação de Lisboa, solicitando a nulidade da sentença, pedido que foi agora rejeitado.

Na contestação ao recurso, a defesa da Megasa, empresa que detém a Siderurgia Nacional, pediu ao Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) que avaliasse a forma como a autora da queixa (a Associação Terra da Morte Lenta) tinha feito uso de algumas passagens da decisão da primeira instância.

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O TRL considerou, agora, que houve litigância de má-fé, condenando a associação ao pagamento de 50 unidades de conta, ou seja, 5.100 euros.

“Estamos agora, após a decisão em recurso e considerando o seu sentido e os seus fundamentos, reforçadamente satisfeitos”, referiram à Lusa os representantes legais da Megasa, os advogados Rui Patrício e Mariana Soares.

Questionado pela agência Lusa sobre a decisão do TRL, o advogado da associação disse, por seu turno, que foi graças à acção popular que a questão da poluição na Siderurgia Nacional, no Seixal, foi bastante reduzida.

“Só por isso é óbvio que valeu a pena. Também é para isso que as acções populares servem”, afirmou.

Miguel Santos Pereira adiantou ainda que, quando a audiência de julgamento teve início, já a Megasa tinha gasto mais de 10 milhões de euros para reduzir a poluição.

A sentença em primeira instância determinava ainda o pagamento de custas por parte de quem intentou a acção cível, ou seja, a Associação da Terra da Morte Lenta, pelo que esta recorreu para o TRL que agora revogou a decisão.

A Siderurgia Nacional no Seixal, no distrito de Setúbal, começou a laborar em 1961 e era inicialmente uma empresa privada, que nas décadas seguintes passou por processos de nacionalização e reprivatização.

Em 2002, a empresa fez uma mudança na tecnologia de produção de aço, passando a usar fornos eléctricos.

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