A Bolsa de Turismo de Lisboa, que este ano vai dar destaque à cultura, tem o Seixal como município convidado. Para a organização da 31.ª edição da feira, este é um reconhecimento pelo esforço feito num concelho de elevado potencial natural
O Seixal é o município convidado para participar na edição deste ano da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL). É a 31.ª edição de um certame que tem a Região de Lisboa como referência de destino nacional, e numa altura em que a feira assinala os 20 anos a realizar-se na Feira Internacional de Lisboa (FIL) no Parque das Nações.
Outro motivo de destaque da BTL que decorre entre 13 e 17 de Março, é ter mais um pavilhão que na edição do ano passado. Vão assim ser quatro pavilhões, prevendo-se receber “cerca de 70 mil visitantes”, avançou na passada quarta-feira a directora de Feiras da FIL, Fátima Vila Maior, que falava na apresentação do certame que decorreu no Seixal, na Oficina de Artes Manuel Cargaleiro.
“Vai ser a maior BTL de sempre”, antecipa a directora de Feiras da FIL que, ao mesmo tempo, vê a escolha do Seixal como convidado como um “prémio pelo esforço de reconversão e excelente trabalho desenvolvido pelo município na promoção da sua identidade histórica e cultural, ao mesmo tempo que representa uma região moderna e voltada para o rio”.
É precisamente esta condição geográfica do concelho virado para os “cerca de 500 hectares da baía, a cerca de dez minutos das praias da Costa da Caparica, com a Serra da Arrábida no horizonte e a 20 minutos de Lisboa”, que o presidente da Câmara do Seixal destaca para colocar o concelho no plano estratégico do desenvolvimento turístico da Região de Lisboa. A isto Joaquim Santos acrescenta os vários investimentos que a autarquia está a realizar para se requalificar e também investimentos privados.
Um dos privados que o autarca realça é o futuro Hotel Mundet, a ser construído pelo Grupo Libertas em espaço da antiga corticeira Mundet, e cujo projecto será revelado dia 13 na BTL.
“Nós temos os ingredientes, falta alguém que cozinhe um pouco o produto e é isso que procuramos com a BTL, não só a visibilidade interna e externa para os turistas, mas também captar operadores turísticos, que peguem nos grupos e organizem visitas ao Seixal, que potenciem os nossos produtos”, comentava o autarca depois de posicionar o município pelo trabalho que tem desenvolvido para “ultrapassar os desafios sociais, económicos e turísticos da região.
Diz Joaquim Santos que o número de turistas no concelho aumentou nos últimos três anos, contudo, “ainda há muito por concretizar” e é preciso criar mais alojamento, até porque só existe um hotel na região.
Por este motivo, elege o investimento hoteleiro como uma das prioridades para a Câmara do Seixal. Já com o Hotel Mundet alinhado para começar a ser construído, “está a ser preparada a apresentação de outros projetos, como a requalificação do palacete da Quinta da Fidalga, para se tornar numa unidade hoteleira, a construção do hotel Quinta da Trindade e ainda outra unidade com porto de recreio na Amora”.
Para Joaquim Santos não há qualquer dúvida de que a presença do Seixal na BTL “é uma excelente oportunidade para promover a imagem, a história e a oferta do concelho na maior feira do sector em Portugal”.