Salvador Sobral baseará o concerto no seu mais recente álbum, “Timbre” editado no final do ano passado
Salvador Sobral anunciou há dias que vai viver – com a família – para Barcelona. Tal não significará, obviamente, que vá deixar de actuar em Portugal, no entanto referiu que, até final do ano, tem quatro ou cinco concertos agendados para o nosso país, o primeiro dos quais dia 19, no Fórum Cultural do Seixal. Coincidência ou não, a verdade é que no dia do anúncio da mudança para Barcelona, os bilhetes para o concerto no Seixal… esgotaram. De qualquer modo, mesmo sem mudança, esgotariam seguramente.
Salvador Sobral baseará o concerto no seu mais recente álbum, “Timbre” editado no final do ano passado, passando seguramente por temas marcantes de todos os seus trabalhos.
Salvador estreou-se em disco em 2016, com “Excuse me”, um disco que só seria descoberto pelo publico, após a vitória na Eurovisão- em 2017 – com “Amar pelos Dois”. Prémios nacionais e internacionais, a imprensa mundial a tecer os mais elogios e a catapultá-lo para uma dimensão global. Dois anos mais tarde, o álbum “Paris, Lisboa” tem uma apresentação tão emotiva quanto fantástica no Coliseu em Lisboa e leva-o para tournées internacionais com concertos esgotados nas principais salas.
Sem limites, embarca em projetos tão diferentes, quanto interessantes, como Alexandre Search (inspirado na poesia e num alter ego de Fernando Pessoa, na sua juventude, cantado em inglês), Alma Nuestra (ritmos da América central e do sul) ou “Salvador canta Brel”, onde fez uma abordagem ao universo de Jaques Brel, em dois ou três concertos históricos e inesquecíveis.
Edita em 2021 “BPM”, um novo álbum, só com temas compostos pelo próprio Salvador em parceria com Leo Aldrey. Concertos esgotados, viagens pelo Mundo e chegados a 2023, novo álbum, “Timbre” no qual inclui um tema de homenagem ao seu anónimo dador que lhe salvou a vida. Apesar de cantado em castelhano, “El regalo que me hiciste”, que colocou o publico do CCB em Lisboa (onde foi apresentado o disco), todo de pé, num aplauso emotivo de largos minutos. Um momento marcante para quem teve o privilégio de a ele ter assistido…
E Salvador Sobral chega agora ao Seixal, para mais uma noite única, porque ele é sempre único e diferente. Exagero? Não, já ouvi mais de uma dúzia de vezes “Amar pelos dois” e todas elas diferentes. E isto é apenas um exemplo, porque este nem sequer é o momento alto dos concertos. Nem podia ser. Porque não é grande quem quer, não é genial que quer e Salvador Sobral é tudo isso.
Opinião Musical