O GrowLIFE conta com a parceria da Câmara de Setúbal, o Turismo de Portugal e escolas de hotelaria de vários municípios
Vários agentes locais de Setúbal, em que se inclui restauração, produtores e estudantes, vão integrar o projecto nacional GrowLIFE, que promove a transição agroecológica e de circuitos alimentares mais sustentáveis. O município sadino é parceiro desta iniciativa, e a primeira reunião preparatória de trabalho com os participantes decorreu no final da passada semana, no Mercado do Livramento.
O objectivo do GrowLIFE, que se iniciou em Junho de 2023 e está programado para cinco anos, é “alcançar a transição para um sistema alimentar mais sustentável que alia uma alimentação saudável acessível, a subsistência socioeconómica dos agricultores locais e a protecção ambiental”, realça a autarquia.
No encontro a 20 de Junho, no auditório do Mercado do Livramento, a chefe do Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável e Emergência Ambiental da Câmara de Setúbal, Cristina Coelho, disse que o município “terá um papel de pivô neste projecto”, e sublinhou o empenho camarário “na promoção da transição alimentar”.
Vincou ainda que este projecto, co-financiado pela União Europeia e coordenado pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa em parceria com o Turismo de Portugal, envolvendo as doze escolas de hotelaria e turismo e os municípios onde estas se situam, tem ainda por objectivo a “certificação de produtos locais e a valorização dos produtos endógenos”.
Além de Setúbal, o GrowLIFE envolve mais quatro municípios – Vila Nova de Famalicão, São Pedro do Sul, Torres Vedras e Mértola. Em termos de metodologia, proporciona várias acções que incluem visitas participativas, formação de chefs e estudantes, dias abertos de produtores e rotas da sustentabilidade, esta a dinamizar em Setúbal.
Durante a primeira reunião, Carlota Santos, do projecto GrowLIFE, referiu que “são as pessoas, em proximidade, que mais intervêm no circuito alimentar, da produção à transformação, distribuição, consumo e desperdício, e, por isso, com este projecto, pretende-se dinamizar uma visão sistémica mais sustentável”.
Além da apresentação do projecto, a reunião envolveu cerca de duas dezenas de participantes num trabalho preparatório, com a identificação de boas práticas e desafios nos circuitos alimentares locais com vista à criação de uma rota de sustentabilidade, em Setúbal, juntamente com outros municípios limítrofes. Trata-se de uma rota a implementar no início do próximo ano, e que inclui a edição de um manual de boas práticas.