Chefe de Estado deixa claro que visita não tem nada a ver com acontecimento no bairro da Jamaica
O Presidente da República de Cabo Verde visitou a comunidade cabo-verdiana no Seixal, no domingo, para ficar a conhecer a realidade dos cidadãos e reforçar o “sentimento de pertença” ao país.
“Já vim com uma ideia dos problemas, mas com o contacto é que é que percebemos melhor. Por exemplo, encontrei um senhor natural de Santa Catarina que está aqui há muito tempo e é fundador desta associação, que disse que o município do Seixal lhes tem dado um apoio incrível e que estão muito bem integrados”, disse Jorge Carlos Fonseca, em declarações aos
jornalistas.
O chefe de Estado falava na Associação Cabo-verdiana do Seixal, onde contactou com a população, também ficar a conhecer a sua realidade e problemas.
Antes desta interacção com a comunidade, o chefe de Estado realizou uma visita à Câmara do Seixal, onde o presidente do município, Joaquim Santos (CDU), forneceu alguns dados sobre a população cabo-verdiana no concelho, como a sua localização, quantos têm nacionalidade portuguesa e o nível de integração da comunidade na educação, escolaridade e acesso à saúde.
Jorge Carlos Fonseca revelou também que o autarca do Seixal lhe falou sobre o bairro da Jamaica. O Presidente disse acompanhar a situação, mas ressalvou que actualmente não residem muitos cabo-verdianos neste local, mas principalmente “originários de São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Angola”.
Aliás, o chefe de Estado já tinha referido anteriormente que a deslocação ao Seixal não estava relacionada com os incidentes entre a polícia e moradores que ocorreram no bairro da Jamaica em Janeiro, garantindo que se tratava de uma “coincidência”.
Lusa