Mauro Santos diz que se candidata pela Iniciativa Liberal porque acredita que está na hora de “romper com o passado e construir um concelho próspero, livre e cheio de oportunidades”
Perito avaliador imobiliário e gestor na área da consultoria, Mauro Santos afirma estar habituado a transformar desafios em soluções, e que se candidata à presidência da Câmara do Seixal, pela Iniciativa Liberal, com o compromisso de construir um concelho mais moderno, transparente e dinâmico.
Diz que quer um Seixal com mais oportunidades para todos, onde a mobilidade funcione, com habitação acessível, serviços públicos de qualidade e espaço para atrair investimento e criar emprego qualificado. “O meu objetivo é simples, fazer do Seixal um lugar onde viver e trabalhar seja motivo de orgulho”.
Sustenta que a Iniciativa Liberal é uma “voz independente, sem compromissos com interesses instalados, que quer devolver o poder às pessoas”.
O que o motivou a candidatar-se pela Iniciativa Liberal à Câmara do Seixal?
Nasci e cresci na margem sul do Tejo e escolhi o Seixal para viver. Infelizmente, o Seixal é como uma pérola deixada a ganhar pó numa arrecadação: está suja, desaproveitada e pouco cuidada. É impossível não me sentir motivado, porque não só sei que a Iniciativa Liberal faz falta à política autárquica, mas também pelo programa transformador que apresentamos, representado por gente capaz, competente e com experiência profissional. É com esta equipa que podemos fazer do Seixal um lugar onde os nossos filhos queiram viver, trabalhar e prosperar, e não de onde partam à procura de melhores condições.
Ao longo dos anos, perdi e vi demasiados vizinhos a perderem horas intermináveis no trânsito, jovens a desistirem de procurar casa ou trabalho no concelho e famílias sem médico de família.
Não aceito que um território com esta localização e potencial continue refém de uma gestão ultrapassada. Candidato-me pela Iniciativa Liberal porque acredito que está na hora de romper com o passado e construir um concelho próspero, livre e cheio de oportunidades, que atraia investimento, crie emprego qualificado e valorize o comércio local.
Quais são, na sua opinião, os maiores desafios estruturais que o concelho do Seixal enfrenta atualmente?
Os desafios estão à vista de todos:
• A mobilidade é um drama diário. Quem apanha o barco vive na incerteza de saber se ele está atrasado, suprimido ou avariado; quem usa o carro fica preso horas na A2 ou faz uma gincana entre as miseráveis condições de muitas estradas municipais; quem vem de comboio regressa a casa muitas vezes a sentir-se uma sardinha enlatada.
• A habitação é um pesadelo. Jovens casais não conseguem arrendar uma casa digna. A Câmara, assente na sua incapacidade de programação, compete com eles no mercado e, não bastando, trava projetos com burocracias intermináveis e muitas vezes pouco claras.
• A economia está estagnada. Apesar da localização privilegiada e da população jovem e qualificada, não há estratégia para atrair investimento, gerar emprego ou explorar o potencial turístico da Baía do Seixal.
Em que áreas entende que a autarquia poderia melhorar a sua atuação?
Em quase todas, mas três são urgentes:
• Na forma de governar: falta transparência e confiança. O dinheiro dos impostos deve ser explicado ao cêntimo, não mascarado em relatórios cheios de propaganda.
• No urbanismo: em vez de ajudar quem quer construir ou investir, a Câmara cria obstáculos, atrasando projetos que poderiam trazer habitação e emprego.
• Nos serviços básicos: da água ao saneamento, os cidadãos merecem qualidade e respeito, não água castanha e tratores a despejar fossas sépticas.
Se tivesse de escolher três medidas prioritárias para melhorar a vida dos munícipes, quais seriam?
- Dar tempo às famílias: investir em mobilidade rápida e segura, para que as pessoas deixem de perder horas no trânsito e ganhem tempo para os filhos e para si próprias. Abrir o Tejo à concorrência, melhorar a rede viária incluindo a conclusão da variante à E.N. 10 e reforçar a oferta de carreiras dentro do concelho.
- Criar soluções de habitação acessível: desbloquear licenças, pôr fim ao abuso do direito de preferência e promover arrendamento a custos reduzidos através de contratos de parceria e concessão de direitos de superfície.
- Dinamizar a economia: lançar o primeiro parque de serviços da margem sul com polo de ensino superior e incubadora de empresas, apoiar o comércio tradicional através da redução de taxas e melhorando a acessibilidade, e transformar a Baía do Seixal num destino turístico de referência.
Considera que a política local está demasiado dominada pelos grandes partidos?
Sim. Durante décadas, os seixalenses sentiram que só havia duas escolhas: continuar com o mesmo ou trocar por quem nunca trouxe uma alternativa real. Resultado: ficámos assim presos a um ciclo de 50 anos promessas e desilusões proporcionadas pelas governações comunista.
A Iniciativa Liberal apresenta-se como essa alternativa. Somos uma voz independente, sem compromissos com interesses instalados, que quer devolver o poder às pessoas.
Que críticas faz à gestão comunista que, desde há 50 anos, governa o concelho?
Cinco décadas de poder absoluto criaram um concelho fechado, sem modernização nem transparência. Continuamos com problemas básicos de saneamento, distribuição de água e mobilidade. Vemos obras feitas apenas antes das eleições, enquanto durante anos os cidadãos ficam esquecidos. E vemos uma Câmara que fala de participação, mas não ouve verdadeiramente os munícipes. Esta gestão deixou o Seixal para trás no tempo.
Que gestão diferente propõe a Iniciativa Liberal no concelho?
Propomos uma gestão aberta, moderna e responsável. Queremos um Seixal em que os cidadãos saibam como é gasto cada euro, em que os processos sejam rápidos e descomplicados, e em que a autarquia trabalhe em parceria com empresas, associações e cidadãos. Uma gestão que se foca em resultados e não em propaganda. Ao contrário da estagnação atual, queremos promover dinamismo económico através da criação de um parque de serviços com polo de ensino superior e incubadora de empresas, apoiar o comércio local, atrair investimento com isenção de derrama e valorizar o potencial turístico da Baía do Seixal. O nosso objetivo é simples: transformar o Seixal num concelho onde se viva com orgulho, se cresça com esperança e se trabalhe com qualidade de vida.
A falta de habitação pública é um dos problemas no concelho do Seixal. Que medidas apresenta para solucionar ou suavizar o mesmo?
Não basta comprar casas pontualmente e criar guetos sociais. Isso já se provou errado. Defendemos uma estratégia clara: Libertar o mercado para gerar mais oferta, através de processos rápidos de licenciamento e da clarificação dos regulamentos municipais, aumentando a confiança de todos os operadores. É também essencial acabar com a concorrência desleal da Câmara, que, por falta de preparação, tem usado e abusado da figura dos direitos de preferência.
Habitação social integrada: criar soluções urbanísticas que dignifiquem os bairros sociais existentes, para que nenhuma família seja condenada ao isolamento.
Parcerias inovadoras com cooperativas e privados: criar oferta para arrendamento habitacional através da contratualização de direitos de superfície, garantindo que parte dos fogos a desenvolver sejam entregues aos serviços sociais da Câmara Municipal do Seixal para alojamento urgente, incluindo vítimas de violência doméstica.
A Iniciativa Liberal votou a favor da construção do Hospital do Seixal, mas considera que este não será uma grande resposta de saúde para a população. Porquê?
Corrijo a resposta que resolverá todos os problemas, nem é a única resposta que podemos dar, porque há outras, posto isto, a Iniciativa Liberal votou, em consciência, favoravelmente na Assembleia da República no Orçamento de Estado de 2024 a consignação de verbas para a construção do Hospital do Seixal.
Mas temos de ter noção de que o hospital não vai resolver todos os problemas. O problema não é apenas a falta de paredes, mas também a ausência de médicos, como se está a provar em Sintra, onde uma solução de construção à revelia do Ministério da Saúde trouxe outros problemas como turnos de urgência com recursos humanos que não chegam ao admissível.
O importante é pensar no que podemos fazer enquanto autarcas para mitigar desde já as dificuldades de acesso à saúde dos seixalenses.
E se não houver uma rede de cuidados primários a funcionar, o hospital será apenas mais uma promessa que não responde às necessidades, nem resolve o problema.
A nossa proposta é clara: Alargamento dos horários de urgência nos centros de saúde e parcerias para atribuição de médico de família e redução de listas de espera em consultas de especialidade, e a implementação de centros de enfermagem descentralizados.
O hospital é parte da solução, mas temos de entender que não resolve tudo. Defendemos a sua construção, mas sabemos que não estará concluído em 15 dias. Até lá, cabe-nos, enquanto decisores políticos, trabalhar para melhorar o acesso dos seixalenses aos serviços de saúde, com ou sem hospital.
Que mensagem quer deixar à população do concelho do Seixal para que vote na Iniciativa Liberal?
Quero dizer-vos o seguinte: Não temos de nos resignar, podemos e devemos querer mais. O Seixal não tem de continuar a ser o concelho onde se perde tempo no trânsito, onde a água não sai da torneira ou sai amarela, onde os jovens não encontram casa e onde os serviços públicos falham. Podemos ter um Seixal moderno, transparente, com oportunidades e qualidade de vida.
No nosso programa não há promessas vagas, é constituído por soluções concretas para mudar a realidade. Queremos devolver tempo às famílias, criar condições para habitação acessível e, sobretudo, dinamizar a economia com medidas que tragam investimento, empresas, turismo e emprego qualificado para o concelho.
A Iniciativa Liberal está aqui para representar todos aqueles que querem mais: Um concelho onde perdemos menos tempo no trânsito para termos mais tempo para nós; onde a Câmara gere com respeito pelo teu dinheiro, para que possas ficar com mais do fruto do teu esforço; e onde o futuro seja de esperança num Seixal mais dinâmico e com mais oportunidades.
O Seixal é mais do que tem sido. O Seixal quer mais. E nós estamos prontos para o fazer acontecer.