27 Junho 2024, Quinta-feira

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Joaquim Santos ainda não formalizou renuncia mas oposição já fala em eleições antecipadas

Joaquim Santos ainda não formalizou renuncia mas oposição já fala em eleições antecipadas

Joaquim Santos ainda não formalizou renuncia mas oposição já fala em eleições antecipadas

PS e PSD estão a definir entendimento para demissão em bloco, mas a estratégia pode estar presa pela decisão do vereador ex-Chega

O presidente da Câmara Municipal do Seixal, eleito nas listas da CDU, vai ceder o seu lugar ao vice-presidente da autarquia, Paulo Silva. A decisão já foi assumida pelo próprio Joaquim Santos que disso deu a saber através da sua rede social Facebook, a 10 de Agosto, justificando a sua saída com a vontade de “abraçar a carreira profissional”, e também “novos projectos dentro do partido” (PCP).

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O novo alinhamento autárquico não agrada a oposição que considera que o PCP não pode pôr e dispor dos mandatos pela sua vontade. PS e PSD falam em demissão em bloco para fazer cair a Câmara e provocar eleições antecipadas, enquanto o Chega defende também eleições imediatas, mas tem de resolver o caso do vereador que elegeu e, entretanto, se demitiu do partido e está com representação política como independente.

A saída anunciada por Joaquim Santos através do Facebook terá sido de alguma forma forçada por uma notícia publicada no jornal Público, nesse mesmo dia 10, onde dava como certa a sua renuncia; uma situação que já vinha sendo falada no município e que foi referida anteriormente por O SETUBALENSE na sequência de entrevista a Paulo Silva.

Primeiro o autarca começou por afastar essa possibilidade, e o mesmo fez nessa mesma quarta-feira em sessão de Câmara quando confrontado pela oposição. Entretanto, o PCP veio anunciar a sua saída e, às 21h33 desse dia, o autarca que esteve 20 anos à frente do município do seixalense, afirmava a sua saída.

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Ao que O SETUBALENSE sabe, Joaquim Santos ainda não formalizou a sua decisão, o que deverá acontecer dentro de dias, fala-se que será provavelmente logo depois da Festa do Avante!, que começa esta sexta-feira e vai até domingo. Mas a renuncia ao cargo é dada como certa, tendo o próprio edil já anunciado Paulo Silva, de 55 anos, como seu sucessor.

No entanto, poderá estar em cima da mesa a possibilidade de Joaquim Santos formalizar a sua saída da presidência perante a oposição hoje na reunião de Câmara, mas estará em período de férias, o que torna pouco provável a sua ida à reunião do executivo. Duas hipóteses que O SETUBALENSE não conseguiu confirmar junto de Joaquim Santos.

Entretanto, a possibilidade de demissão em bloco da oposição, pelo menos dos eleitos do PS e do PSD estará a ganhar alguma força. Eduardo Rodrigues, vereador que encabeçou a lista socialista nas últimas eleições autárquicas, confirma que tem falado desse entendimento com o vereador social-democrata Bruno Vasconcelos.

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“Teoricamente, a demissão dos eleitos da oposição é possível, mas na prática é muito improvável”, comenta Eduardo Rodrigues. A questão é que basta um dos elementos da lista não aceitar sair para a estratégia se perder. E nisso também o vereador eleito pelo PSD concorda.

Seja como for, Bruno Vasconcelos garante que esse entendimento está a ser ‘negociado’ dentro dos dois partidos. “O PCP não é dono dos votos, estes pertencem à população”, afirma, defendendo eleições antecipadas.

Mas mesmo que exista entendimento para a demissão dos eleitos da oposição do PS e PSD, este quadro só pode avançar depois de Joaquim Santos formalizar a sua saída. E coloca-se ainda outro engulho a esta estratégia; o eleito pelo Chega, Henrique Freire, que se desvinculou do partido, e passou a independente.

Em comunicado, o Chega afirma que o PCP está a fazer uma “passagem de testemunho dinástica” ao decidir “nomear novo presidente de Câmara”, sendo que isto “só será possível se algum dos eleitos da oposição ‘vender’ a vontade do povo a eventuais interesses pessoais”.

Não se sabe o que Henrique Freire quer fazer. A O SETUBALESE, o ex-Chega, comenta apenas: “Não tenho decisão tomada”.

Ou seja, está tudo em aberto na governação da Câmara do Seixal, ou a fim de um ano das autárquicas continua na gestão da CDU com o novo presidente Paulo Silva, ou a oposição entende-se, faz cair a Câmara e haverá eleições antecipadas.

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