Artista sobe a palco esta segunda-feira e é mais um grande nome que se estreia nestas festas
No ano em que comemora 50 anos de uma carreira ímpar em Portugal (e já agora, 70 anos de idade), Herman José é mais um grande nome que se estreia nas Festas de Corroios. E o que esperar de um espectáculo de Herman? Tudo. Humor, music-hall, canções que todos conhecem, de ontem, de há 10, 20 ou 50 anos, porque Herman José é intemporal, atravessa gerações e não tem comparação. Mesmo quem (eventualmente) não gosta dele, não lhe pode negar um talento único.
Em primeiro lugar porque ele próprio é a definição de espectáculo: canta (o que quiser, com o tom que quiser, com a versão mais séria ou mais irónica que quiser), representa, faz piadas, diz piadas dele e de outros, sobre ele e sobre outros, com piada e é sempre previsivelmente inesperado.
Aparentemente nele tudo é fácil, tudo é espontâneo, porque tem talento, mas ter talento dá muito trabalho e ele gosta de brincar em serviço.
No Palco principal das Festas de Corroios, Herman José trará – nesta segunda-feira, dia 26 – seguramente muita da “sua” gente: Serafim Saudade, Tony Silva, José Esteves, Maximiana e Nelo, entre outros.
E depois há as suas canções de sempre, “Saca o Saca Rolhas”, “Canção do Beijinho”, “Vamos lá Cambada”, curiosamente temas de Carlos Paião, curiosamente no dia em que passam 36 anos da morte do cantor de “Pó de arroz”. E muitas outras. Numa viagem pelo universo Hermaniano de música e de humor, viagem por uma vida com uma dimensão artística, humorística e intelectual, absolutamente inquestionável, como ficou provado ao longo dos últimos 50 anos.
O resto é conversa. Porque Herman só há um, o José e mais nenhum.
Opinião Musical