Documento a requerer a paragem das obras deu entrada no tribunal de Lisboa, na última quinta-feira
A distrital de Setúbal do Chega, em conjunto com as concelhias de Seixal e Almada do partido, interpôs na passada quinta-feira uma providência cautelar no tribunal de Lisboa a requerer a suspensão imediata das obras no cais fluvial seixalense.
A empreitada, anunciada pela operadora Transtejo, implica a suspensão (iniciada a 26 do último mês) das ligações fluviais a Lisboa por 45 dias, situação que o partido considera “totalmente inaceitável e lesiva para os milhares de utentes diários” daquele serviço de transporte público.
“Uma obra com esta envergadura requer um longo planeamento. Não compreendemos que o aviso aos utentes tenha sido realizado apenas cinco dias antes do início dos trabalhos”, critica a distrital do Chega. Ao mesmo tempo, considera “insustentável qualquer alternativa de transporte com as actuais condições sanitárias”.
“O transtorno nos mais de dois mil utentes é evidente, visto que os 20 minutos habituais de deslocação se multiplicam agora por duas horas”, justifica o partido. “É irresponsável sobrecarregar transportes já com grande afluência habitual, como é o caso dos barcos de Cacilhas e dos Comboios da Fertagus, e com isso afectar a dinâmica de toda a Área Metropolitana de Lisboa. A resposta da empresa de disponibilização de autocarros até Cacilhas também aumenta o tráfico numa zona habitualmente confusa em hora de ponta”, faz notar a estrutura distrital do Chega, a finalizar.
