A Câmara Municipal do Seixal anunciou que vai implementar um conjunto de medidas para avaliar o impacto ambiental da actividade da Siderurgia Nacional no concelho, referindo que a laboração “tem causado desconforto”.
“A laboração tem provocado desconforto ao nível da poluição e do ruído junto da população da localidade de Paio Pires. Importa lembrar que, no caso da poluição causada pela SN Seixal, a responsabilidade, quer no âmbito do licenciamento da actividade, quer no âmbito da fiscalização das condições da respectiva exploração e seus impactos na saúde pública e no ambiente, cabe ao poder central, que pouco tem feito nesta matéria”, refere a autarquia em comunicado.
No documento, a autarquia do Seixal refere que vai realizar estudo epidemiológico e ambiental, por uma entidade universitária, para avaliar o impacto daquela actividade industrial nas populações de Aldeia de Paio Pires e no município do Seixal, que permita conhecer a qualidade do ar e o estado de saúde das populações.
Vai também avançar com a medição do nível de ruído decorrente da actividade daquela unidade industrial e efectuar uma análise das partículas que se “depositam em edifícios e viaturas, para determinação da sua origem e natureza”.
Joaquim Santos, presidente da Câmara Municipal do Seixal, afirmou que se sente “desrespeitado, pois foi concedida pelo governo, em Abril deste ano, uma licença ambiental pelo período de sete anos à SN Seixal, não tendo a autarquia sido consultada neste processo”.
O autarca explicou que após quatro anos de insistência junto dos governos, para que fossem tomadas medidas, e depois do governo atribuir nova licença ambiental, a Câmara do Seixal decidiu “tomar as medidas necessárias”.