Câmara considera que Plano Nacional de Investimentos 2030 tem visão curta

Câmara considera que Plano Nacional de Investimentos 2030 tem visão curta

Câmara considera que Plano Nacional de Investimentos 2030 tem visão curta

O Governo diz ter trabalhado o Plano Nacional de Investimentos 2030 com base numa estratégia para o desenvolvimento do País, pelo menos para a próxima década. Mas a Câmara do Seixal critica pela negativa e afirma que este tem falhas e pouco ambicioso

 

 

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Para o executivo comunista da Câmara do Seixal o Plano Nacional de Investimentos (PNI) 2030 “é uma oportunidade perdida”. Assim se lê na tomada de posição subscrita na última reunião camarária, que decidiu recomendar ao Governo a adopção de um conjunto de cinco medidas.

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Em causa está um plano apresentado pelo Governo como instrumento estratégico para o próximo ciclo de investimentos, que acarreta medidas estruturantes de âmbito nacional para dar resposta aos desafios das próximas décadas. Ora, o que para o executivo de António Costa é um plano construído com cálculo de investimentos para projectar o País, para o presidente da Câmara do Seixal é um plano que “deve ser corrigido a tempo”.

Apesar de critico, diz Joaquim Santos que “não se nega a importância de muitos dos investimentos constantes no PNI2030”, uma vez que “muitos deles correspondem a velhas reivindicações das populações, das autarquias, e do tecido produtivo nacional, para libertar o País da dependência e subordinação aos interesses dos grupos monopolistas”. Assim sendo, estamos perante obras “cuja concretização em muitos casos só pecará por tardia”.

O descontentamento do presidente da Câmara vai para um PNI que deveria ser uma ferramenta e, portanto, “muito mais do que uma lista de infraestruturas“. Deve ser uma oportunidade para projetar o País que se quer ter na primeira metade do século XXI”.

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A tomada de posição do executivo municipal reflecte existir mais de uma dezena de itens em falta neste plano do Governo. Por exemplo: falha no “Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas 3+”, repete investimentos do programa 2020 “que são agora novamente anunciados”, considera que 21 milhões de euros é “insuficiente e limitado dos níveis globais de investimento público previstos para tão largo período”, é curto no planeado para a Educação e Cultura e adia projectos fundamentais para a região de Setúbal como seja a Terceira Travessia do Tejo, rodo-ferroviária.

E não se fica por aqui no cinzentismo que atribui ao PNI2030 quando comenta a insistência do Governo na “construção do Aeroporto no Montijo, em vez da opção já decidida em 2010 do Aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete”, ou ainda por “não considerar a Plataforma Logística do Poceirão” e, entre outros casos apontados na tomada de posição, considera que o plano “deveria apostar mais no transporte público” e ainda que “não especifica a expansão do Metro Sul do Tejo para o Barreiro e os estudos para a ligação à Moita e Alcochete e à Costa da Caparica”.

Na recomendação que o município vai fazer chegar às mãos do Governo, com as cinco medidas que considera que deveriam ser tidas em conta, para além da “reconstrução de um forte sector público, universal e de qualidade, como condição para o desenvolvimento e a soberania do País”, e a “dinamização da actividade económica”, grande peso vai para o sector dos transportes públicos de passageiros e mercadorias.

 

 

Autarquia vai comprar 74 casas para residentes de Vale de Chícharos

 

Na mesma reunião de câmara foi aprovado o procedimento para a aquisição de 74 imóveis destinados ao realojamento dos agregados familiares residentes nos lotes 13, 14 e 15 do loteamento de Vale de Chícharos, a atribuir em regime de arrendamento apoiado.

Todas as imobiliárias e proprietários serão convidados a apresentar imóveis para aquisição pelo município, tendo em conta um conjunto de características pré-definidas. Recorde-se que a primeira fase de realojamento dos moradores do lote 10 teve lugar em Dezembro de 2018, com a atribuição de 64 novas casas que acolheram os 187 moradores do referido lote. Até 2022, a autarquia pretende realojar as 234 famílias recenseadas.

 

Foto: Alex Gaspar

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