20 Abril 2024, Sábado
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Democracia, liberdade, igualdade e “a melhor arte dramática” no Festival de Teatro

Edição deste ano terá um total de 11 espectáculos que decorrerão com entrada livre

 

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O 39.º Festival de Teatro do Seixal, no distrito de Setúbal, terá este ano um total de 11 espectáculos que decorrerão com entrada livre em vários pontos do concelho, de 11 de Novembro a 03 de Dezembro.

A edição deste ano alia “a apresentação da melhor arte dramática para diferentes idades à reflexão sobre temas e questões actuais como a democracia, a liberdade e a igualdade”, segundo a autarquia, no comunicado de apresentação do certame.

O Teatro da Terra, projecto fundado pela actriz e encenadora Maria João Luís, sediado no Seixal, as companhias do concelho O Grito, Animateatro e Pé de Palco, fazem parte do programa, assim como o Teatro Bravo, estrutura criada pelo actor Rafael Diaz Costa, e Mente de Cão, das actrizes Joana Pupo e Pepa Macua e da produtora Catarina Sobral.

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O festival conta ainda com os projectos “Se eu fosse Nina”, de Rita Calçada Bastos, e “Antiprincesas”, de Cláudia Gaiolas, além das companhias Os Possessos, dedicada a produções teatrais e performativas, com criadores como Catarina Rôlo Salgueiro, João Pedro Mamede e Leonor Buescu, e Hotel Europa, de André Amálio e Tereza Havlíčková, dedicada ao teatro documental.

À semelhança de anos anteriores, o festival decorrerá de forma descentralizada, passando por todas as freguesias do concelho, com representações agendadas para o Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal, o Cinema S. Vicente e o Auditório Municipal de Miratejo, e em diversas colectividades do município.

A abertura do festival, no dia 11, será feita pelo Teatro da Terra, no Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal, com a comédia “A Maluquinha de Arroios”, um clássico de André Brun, agora abordado pela encenação de Maria João Luís.

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No dia seguinte, será a vez de o Teatro Bravo apresentar “Magdalena”, no Cinema S. Vicente, uma criação da companhia, com texto de Rafael Diaz Costa, que também encena, e de Fernanda Neves, que resulta de percursos por “lugares periféricos” do país, atentos às “gentes desses lugares” e às “suas vozes nunca ouvidas”.

A encerrar o primeiro fim de semana, no domingo (dia 13), a companhia Mente de Cão apresenta “Todas as Coisas Extraordinárias”, no Ginásio Clube de Corroios, um projecto com co-encenação e dramaturgia de Jaime Mears e Joana Pupo, que parte da peça de Duncan Macmillan “Every Brilliant Thing”, para abordar os “temas da depressão e do suicídio, em particular do seu impacto” nos jovens e suas famílias, segundo a apresentação.

Partindo da perspectiva de uma criança de sete anos, que inicia uma lista de “coisas pelas quais vale a pena viver”, para dar à mãe, que padece de depressão, a peça atravessa mais de duas décadas, até encontrar a criança na idade adulta, e a extensa lista de “todas as coisas extraordinárias”, que encontrou no dia-a-dia.

Em 19 de Novembro será a vez da companhia O Grito estrear, no Clube Recreativo da Cruz de Pau, “A Serpente e a Pítia”, dramatização de dois poemas de Paul Valéry, com tradução, adaptação e encenação de José Vaz de Almada.

Em 25 de Novembro, Rita Calçada Bastos leva ao Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal a peça “Se eu fosse Nina”, trabalho de escrita e dramaturgia que “estabelece um diálogo de suposições e conjecturas entre uma Nina […] de ‘A Gaivota’, de Anton Tchekhov, e ‘Os Apontamentos de Trigorin’, de Tennessee Williams”, a que se junta “o imaginário da actriz”.

Um dia depois, na Sociedade Filarmónica Democrática Timbre Seixalense, a Animateatro apresenta “Rubik” para demonstrar a semelhança entre “‘personas’ esquematizadas por cores”, num texto de Cláudio Pereira com encenação de Lina Ramos.

Também oriundo do Seixal, o grupo de teatro Pé de Palco levará à Sociedade Musical 5 de Outubro, na Aldeia de Paio Pires, em 01 de Dezembro, a farsa “O Sorteio do Presidente”, que procura “denunciar o flagelo das notícias falsas”, com adaptação e coordenação de João Soares.

A 02 de Dezembro, na Sociedade Filarmónica Operária Amorense, Os Possessos apresentam “Maratona de Manifestos”, projecto “desenvolvido a partir de manifestos políticos” posteriores a 2000, que abordam “questões do género, da igualdade […], da defesa do ambiente, da descolonização da arte e do pensamento, da exploração económica e do neoliberalismo”.

Inspirado no trabalho curatorial de Hans Ulrich Obrist, “Maratona de Protestos” tem selecção de textos e criação de Isabel Costa.

A peça “Os Filhos do Mal”, do Hotel Europa, encerra o festival a 03 de Dezembro, no Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal.

Criação de André Amálio, com Tereza Havlíčková, “Os Filhos do Mal” investiga a relação que gerações posteriores ao 25 de Abril “têm com o Estado Novo” e as memórias que detêm do tempo da ditadura.

Para o público mais novo, o festival reserva “Antiprincesas”, projecto criado por Cláudia Gaiolas, a partir da colecção homónima editada pela Tinta da China e a EGEAC, sobre mulheres que marcaram a história, com as peças dedicadas à pintora Frida Kahlo e à médica Beatriz Ângelo, primeira mulher a votar em Portugal, em 1911.

“Beatriz Ângelo” estará no Auditório Municipal Miratejo, no dia 20, e “Frida Kahlo”, na Associação de Moradores dos Redondos, a 27 de Novembro.

Estão ainda previstas actividades com estabelecimentos de ensino do concelho, assim como um ‘workshop’ de expressão dramática, no Cinema S. Vicente (26 de Novembro e 03 de Dezembro), e a apresentação da revista Women On Scene – Mulheres no Teatro e na Performance, em 19 de novembro, no ‘foyer’ do Auditório Municipal do Seixal.

Com coordenação de Gisela Cañamero e produção executiva de Luzia Paramés, a revista tem por objectivo “dar visibilidade à singularidade da voz de mulheres autoras e criadoras, dramaturgas, encenadoras, performers-autoras, abrangendo modos de criação literária, performativa e plástica”.

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