19 Maio 2024, Domingo

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Sector empresarial moçambicano quer reverter queda da relação comercial com Portugal

Sector empresarial moçambicano quer reverter queda da relação comercial com Portugal

Sector empresarial moçambicano quer reverter queda da relação comercial com Portugal

21 empresários ligados a vários sectores de actividade visitaram o Porto de Sines

 

O sector empresarial moçambicano quer travar a queda do comércio com Portugal, tentando ser destino da internacionalização de empresas portuguesas e fornecendo mão-de-obra, entre outras oportunidades, disse hoje fonte da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA).

“Moçambique e Portugal têm relações históricas de comércio, culturais e outras, mas notamos que está a haver uma redução daquilo que é o comércio entre as duas partes”, disse à agência Lusa Eduardo Sengo, director executivo da CTA, entidade que preparou uma missão que trouxe dezenas de empresários moçambicanos ao Porto, a Sines e à capital portuguesa.

Para o responsável, que falava no final de uma visita ao Porto de Sines, no âmbito da missão empresarial que culmina, quarta-feira, com o Fórum de Negócios Moçambique-Portugal em Lisboa, é urgente reforçar as relações comerciais entre os dois países.

“Se há 10 anos as nossas empresas já exportavam cerca de 100 milhões de dólares, hoje exportam cinco vezes menos. E acontece o mesmo com as importações de Portugal para Moçambique que caíram para metade”, afirmou.

Para “reverter este quadro”, a confederação quer definir “estratégias” em conjunto com o sector empresarial português que manifestou “interesse na internacionalização”.

Eduardo Sengo referiu um possível acordo de cooperação com o município de Santa Maria da Feira, no Porto, após a visita que a missão empresarial delegação efectuou, segunda-feira, ao norte do país, afirmando que Moçambique quer ser o destino desse interesse de internacionalização manifestado.

Também ao nível dos recursos humanos, o responsável defendeu que Moçambique “tem muito potencial” para tentar solucionar o grande défice de mão-de-obra” com que as empresas portuguesas se deparam.

Durante a visita ao Porto de Sines, em que participaram 21 empresários ligados a vários sectores de actividade, o responsável adiantou que foram “identificadas oportunidades na área da gestão portuária e da logística”.

Também a “experiência do ‘paperless’ [menos papel] e todo o processo logístico externo pode ajudar a desenvolver as nossas soluções, seja através de uma parceria com o Porto de Sines, em conjunto com a empresa que gere a Janela Única Electrónica em Moçambique no sentido de se poder partilhar essas experiências”, salientou.

No final da visita, o presidente do conselho de administração dos Portos de Sines e do Algarve, José Luís Cacho, manifestou interesse e disponibilidade em incrementar a ligação ao sector empresarial de Moçambique.

“Estamos disponíveis para fomentar as trocas comerciais nos dois sentidos, quer na importação, como na exportação com as empresas moçambicanas”, garantiu.

A missão empresarial culmina com o Fórum de Negócios Moçambique-Portugal a ter lugar no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, na tarde de dia 24, que deverá contar com a presença do Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, e do seu homólogo moçambicano, Filipe Nyusi, na sessão de abertura.

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