Investimento de 8 milhões de euros vai fazer nascer 48 novas casas, 24 em cada uma das freguesias
O município de Santiago do Cacém vai ter 48 novas casas, que vão ser de renda acessível. Em Vila Nova de Santo André vão ser 24 novos fogos e outros 24 em Cercal do Alentejo.
Estes vão ser financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) depois da autarquia ter realizado duas candidaturas ao Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), em Dezembro do ano passado.
A assinatura do documento vai assim acelerar o processo de construção das novas habitações, em investimento superior a 8 milhões de euros, um montante que Álvaro Beijinha, presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, considerou “não ser possível de concretizar” apenas com os recursos do município.
Apesar de considerar que esta medida não resolve na totalidade o problema da Habitação no concelho, admite que Santiago do Cacém quer ser um elemento activo na solução de um assunto que se alastra a todo o País.
“Este é um problema que as câmaras não têm possibilidades financeiras para o resolver. É um problema com uma dimensão nacional que terá de ser solucionado através de políticas nacionais por parte do Governo. Nós queremos ser parte da solução, este é um primeiro caminho e esperamos que de futuro haja outras oportunidades para que possamos, em conjunto, minimizar a falta de habitação”.
O autarca detalha ainda que naquele município do Litoral Alentejano o principal problema é “a especulação do mercado seja a nível do arrendamento, seja a nível da aquisição”.
Albano Pereira, vice-presidente do município, foi o responsável por rubricar o documento também assinado por Manuel Castro Almeida, ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Miguel Pinto Luz, ministro das Infraestruturas e Habitação, e, António Gil Leitão, presidente do conselho directivo do IHRU. Os responsáveis juntaram-se no edifício da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) Alentejo, em Évora, esta terça-feira.
“O Governo está empenhado em acelerar este processo”, admitiu o governante com a pasta da Coesão Territorial, complementado depois pelo responsável pela matéria da Habitação que no seu discurso afirmou ser uma medida “necessária para se garantir um mundo melhor aos filhos e aos netos”.
A futura construção de dois novos prédios – cada um deles a contar com os ditos 24 novos fogos de habitação – resulta de um levantamento de necessidades habitacionais feitas pela câmara municipal no âmbito da Estratégia Local de Habitação. Estes só vão avançar porque a candidatura apresentada no último mês de 2023 teve aval positivo do IHRU.