Estrutura local do partido emitiu esclarecimento a rebater acusações de ilegalidade na constituição do órgão
A Comissão Política Concelhia de Santiago do Cacém do PS já reagiu ao comunicado lançado este sábado por um grupo de militantes e simpatizantes do partido, a solicitar que a estrutura partidária reverta a retirada da confiança política à vereadora Susana Pádua
Num esclarecimento com oito pontos, a concelhia socialista rebate a acusação de que tenha sido constituída ilegalmente e explica todo o processo.
“Na reunião da Comissão Política Concelhia estiveram presentes 25 elementos efetivos, tendo sido seguida a ordem pela qual foram eleitos, tanto na folha de presenças, onde esses nomes estavam previamente impressos, como posteriormente quando foram chamados para assinarem o documento de posse. Atendendo a que existe um total de 37 elementos efetivos e existiam 25 elementos efetivos presentes, é manifesta a existência de quórum”, lê-se no segundo ponto do documento.
Ao mesmo tempo, a estrutura concelhia, presidida por Rodrigo Charrua, lembra que a retirada da confiança política a Susana Pádua foi votada por ampla maioria.
“A proposta da retirada da confiança política foi aprovada por 88% dos presentes com direito de voto.”
A terminar, a Comissão Política do PS lembra que “a Comissão de Jurisdição é o órgão partidário adequado para analisar” a questão de ilegalidade levantada pelo grupo de militantes e simpatizantes. E coloca-se à disposição daquele órgão para prestar qualquer esclarecimento.
Abaixo, esclarecimento na íntegra
Esclarecimento
O Partido Socialista de Santiago do Cacém vem emitir o seguinte esclarecimento na sequência de um comunicado que nos chegou hoje através de um órgão de comunicação social:
1. A retirada da confiança política da vereadora Susana Pádua é um ato político e seguiu o procedimento habitual em outros casos semelhantes
;2. Na reunião da Comissão Política Concelhia estiveram presentes 25 elementos efetivos, tendo sido seguida a ordem pela qual foram eleitos, tanto na folha de presenças, onde esses nomes estavam previamente impressos, como posteriormente quando foram chamados para assinarem o documento de posse. Atendendo a que existe um total de 37 elementos efetivos e existiam 25 elementos efetivos presentes, é manifesta a existência de quórum;
3. Na sequência de diversos efetivos terem pedido substituição encontravam-se igualmente presentes quatro elementos suplentes, conforme decorre dos estatutos do PS. Alguns desses elementos suplentes nem participaram na votação da retirada da confiança política, visto terem entretanto saído da reunião;
4. Após a apresentação da proposta de retirada da confiança política existiram inscrições para usar da palavra tendo sido possível a intervenção da camarada Susana Pádua, algo que fez;
5. A proposta da retirada da confiança política foi aprovada por 88% dos presentes com direito de voto.
6. A Comissão Política Concelhia tem 37 elementos efetivos e 37 elementos suplentes, além das inerências previstas nos estatutos;
7. A Comissão de Jurisdição é o órgão partidário adequado para analisar este género de questões, pelo que manifestamos a nossa estranheza pela opção dos signatários pelo envio do referido comunicado para a comunicação social;
8. A Comissão Política Concelhia manifesta a sua total disponibilidade para esclarecer a Comissão de Jurisdição, caso tal se afigure como útil, porém, registamos com profundo incómodo os ataques que têm vindo a ser realizados nas redes sociais, algo que não dignifica o partido, destacando que existiram eleições internas e não foi apresentada qualquer lista alternativa àquela que venceu democraticamente as eleições.