25 Abril 2024, Quinta-feira
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Mala Voadora desenvolve programa artístico em Santiago do Cacém

A companhia de teatro Mala Voadora vai desenvolver, durante dois anos, no concelho de Santiago do Cacém, actividades artísticas com escolas e centros de dia com o objectivo de reinventar o teatro radiofónico.

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“Queremos mudar o paradigma, sair do meio urbano e ir à procura de outros contextos onde possamos desenvolver a nossa prática artística”, explicou um dos fundadores da Mala Voadora, Jorge Andrade, durante a apresentação do projecto Campilhas Internacional, que decorreu no salão nobre da Câmara de Santiago do Cacém.

A Mala Voadora, que reparte o seu trabalho entre as cidades de Lisboa e do Porto, vai passar a desenvolver “parte significativa da sua actividade” no concelho de Santiago do Cacém, no litoral alentejano, no âmbito do projecto Campilhas Internacional.

De acordo com o responsável, através de uma parceria com a empresa DAM Business, responsável pela construção de um empreendimento turístico e cultural junto à Barragem de Campilhas, no concelho de Santiago do Cacém, a Mala Voadora “ficará responsável por vários espaços” culturais.

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Entre eles, “um Grande Auditório, Estúdio de Som, Estúdio de Dança, Estúdio Digital, uma Sala Polivalente e um conjunto de áreas destinadas a residência de artistas”, avançou.

À agência Lusa, o director artístico da companhia de teatro, Jorge Andrade, explicou que a Mala Voadora vai assumir a “dinamização cultural” do empreendimento turístico com o objectivo de “criar condições para atrair produções internacionais”.

Em conjunto com o município de Santiago do Cacém e vários parceiros locais, nacionais e internacionais, a companhia de teatro vai desenvolver, durante dois anos, neste território “um projecto artístico”, denominado Campilhas Internacional, centrado no teatro radiofónico.

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Financiado pelo fundo internacional EEA Grants, no valor de 400 mil euros, o programa cultural inclui momentos de teatro radiofónico, espectáculos, formação e residências artísticas.

Para o presidente da Câmara de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, este é um projecto “altamente diferenciador” a nível nacional, sendo também um investimento “catalisador” do ponto de vista turístico e cultural.

Além de envolver as comunidades do interior do concelho, alunos das escolas e utentes de centros de dia, a programação conta com a participação de escritores, músicos e sonoplastas, para reinventar o teatro radiofónico enquanto “teatro virtual”.

Através da iniciativa “Radioactividade”, os alunos de escolas do 1.º ciclo serão convidados a ouvir oito peças radiofónicas, escritas por autores portugueses e noruegueses.

“Todas as semanas terão actividades directamente ligadas com a peça radiofónica e, no final do ano lectivo, vão escolher a peça que mais gostaram”, adiantou o actor e encenador, Jorge Andrade.

Outra das actividades, designada “Tempo de Antena”, dirigida aos utentes dos centros de dia, inclui a transmissão, na rádio M24, de 72 episódios do folhetim radiofónico “Rádio Confidencial”, escrito por Alex Cassal e produzido pela Companhia Maior, de Lisboa.

A estrutura propõe-se ainda realizar um projecto de teatro radiofónico, em parceria com um grupo de teatro amador do concelho de Santiago do Cacém, e iniciar um trabalho com “um grupo de pessoas desempregadas” que será transformado num “ballet laboral”.

Assim, a companhia de teatro vai “procurar pessoas” a usufruírem da “última prestação de desemprego e continuar a pagar o ordenado, com o apoio do EEA Grants, mas desta vez para fazerem o seu trabalho em cima do palco”, esclareceu.

No âmbito da actividade “Audiowalk”, a Mala Voadora vai convidar grupos da Radiodifusão Nacional da Islândia (RÚV) a visitar o território de Santiago do Cacém e a escreverem “algumas peças sobre a paisagem” num confronto de ideias entre visitantes e residentes do concelho.

Pretende ainda realizar “várias peças radiofónicas”, com a representação de dramaturgos noruegueses, direccionadas ao público em geral, apresentar espectáculos de dança, teatro e música em parceria com companhias e grupos de teatro e proporcionar várias residências artísticas.

De acordo com Jorge Andrade, ao longo de dois anos, “vão passar em Campilhas cerca de 50 artistas em residência” com o objectivO “de esbater as fronteiras entre arte e vida quotidiana”.

“Este programa é feito com o BIT Teatergarasjen, uma instituição norueguesa que vai trazer cerca de 17 artistas, com o Teatro Nacional D. Maria II que trará artistas portugueses e não só e os restantes virão através da Mala Voadora”, disse.

O programa artístico Campilhas Internacional termina em Julho de 2023, concluiu. HYN // TDI

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