Candidatura do projecto municipal “Conversas Sem Margens” foi bem sucedida
A Biblioteca de Palmela já integra a Rede das Bibliotecas Públicas da Comissão Nacional da UNESCO, depois de uma candidatura bem sucedida do recém-criado projecto municipal “Conversas Sem Margens”, que foi reconhecido no passado dia 17.
O “Conversas Sem Margens” foi iniciado este ano e incide na “apresentação pública de livros”, onde se abordam “assuntos pouco presentes nos órgãos de Comunicação Social e noutros locais, ou neles tratados de forma estereotipada”, faz notar a autarquia. “Estas apresentações, além dos autores, contam com a participação de académicos, investigadores e activistas”, adianta o município sobre o projecto, cuja primeira sessão foi realizada a 8 de Julho último, com “o racismo e o anti-racismo” como temas centrais.
O ADN do projecto acaba assim por entroncar nos princípios defendidos pela UNESCO, conforme deixa implícito a autarquia. “À luz do Manifesto da UNESCO, as bibliotecas públicas constituem-se como instrumento de transformação social, na medida em que disponibilizam e divulgam conteúdos informativos, que permitem a construção de um conhecimento fundamentado e autónomo que possibilita a qualquer cidadão ‘exercer os seus direitos democráticos e ter um papel activo na sociedade’”.
Neste âmbito, reforça a edilidade, as bibliotecas públicas assumem-se como “importantes agentes de formação de cidadãos informados e activos e, por isso, mais capazes de intervir na realidade social de uma forma fundamentada e assertiva”.
A terceira e última sessão deste ano do “Conversas Sem Margens” realiza-se no próximo dia 25, subordinada ao tema “Utopias – um outro mundo é possível?”, na qual será apresentado o livro “Transformar a Realidade – A Prática da Utopia Concreta no Porto e Pirenéus”.