Novo PDM de Palmela chumbado pela segunda vez na Assembleia Municipal

Novo PDM de Palmela chumbado pela segunda vez na Assembleia Municipal

Novo PDM de Palmela chumbado pela segunda vez na Assembleia Municipal

CDU acusa oposição de conduta “irresponsável” e “calculismo pré-eleitoral”. PS reafirma que a proposta “não serve os interesses estratégicos do município e não responde às necessidades reais da população”

A revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) de Palmela voltou a ser travada, na passada sexta-feira, na Assembleia Municipal, com igual sentido de voto com que já havia sido rejeitada na primeira vez pela oposição: 18 votos contra (PS, PSD, BE, MCCP e Chega), uma abstenção (PS) e 12 votos a favor (CDU).

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Em comunicado, a CDU considera que o posicionamento da oposição é “irresponsável” e apenas motivado por “puro calculismo pré-eleitoral”. E critica, sobretudo, os socialistas.

“O PS juntou-se à restante oposição para chumbar um documento iminentemente técnico, que responde aos imperativos legais, integra as regras dos planos supramunicipais e que já se encontra validado, sem reparo, pelos pareceres positivos das 26 entidades públicas constituintes da Comissão Consultiva”, afirma a CDU, que “repudia e condena” o que classifica de “comportamento leviano” da oposição. Até porque, o chumbo “poderá vir a deixar em suspenso, durante vários anos, o progresso do concelho e as respostas aos justos anseios dos cidadãos e das empresas”.

Também em comunicado, a estrutura local dos socialistas já reagiu. “O PS reafirma que não está contra a revisão do PDM – que considera urgente e indispensável ao desenvolvimento económico, social e ambiental do concelho –, mas contra esta proposta concreta, que não serve os interesses estratégicos do município e não responde às necessidades reais da população”.

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Os socialistas justificam que a proposta “reduz a edificabilidade em solo urbano consolidado, agravando a escassez de oferta habitacional e a pressão sobre os preços”, e que, em termos económicos, a “limitação de terreno disponível e a manutenção da dispersão territorial comprometem a capacidade de atrair investimento, empresas e empregos”.

Além disso, defendem que “as novas regras para os solos rústicos impõem restrições excessivas, prejudicando pequenos e médios agricultores e desvalorizando propriedades”, e que, no âmbito da perequação, o sistema proposto “apresenta sérias dúvidas quanto à sua transparência e justiça”. E apontam ainda que a proposta, para o Palmela Village, “não traz clareza nem segurança jurídica”.

A CDU alerta que a rejeição do novo PDM acarreta “um conjunto de consequências graves”, como “actos ou operações que impliquem ocupação, uso e transformação do solo nas áreas urbanizáveis, que corresponde a 48,5% das atuais áreas urbanas, prejudicando mais de um milhar de proprietários”. Mas também afeta “a legalização e ampliação com novos projetos de mais de 120 empresas, comprometendo a sua capacidade de investimento, a criação de postos de trabalho e o acesso a fundos europeus”.

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A CDU considera que o chumbo afeta ainda “a concretização das variantes às EN 379 e 252”, bem como “um mínimo de 20% dos fogos para habitação a preços controlados”, a “resolução da situação do empreendimento Palmela Village”, a “reconversão de várias AUGI e a criação de mais de 3 mil novos lotes para habitação” e o “crescimento habitacional em Poceirão”, entre outros.

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