Comparticipação da tutela pode chegar aos 3,7 milhões de euros. Custo da intervenção estimado em mais de 5 M€. Município assegura a restante fatia do investimento
Para trás que ficou a primeira etapa da requalificação da Ribeira da Salgueirinha, a 2.ª fase da empreitada já tem garantida comparticipação financeira por parte da tutela, num valor máximo de 3,7 milhões de euros. O custo da intervenção está estimado em mais de cinco milhões e caberá ao município assegurar o montante restante.
“A portaria que autoriza o Fundo Ambiental a efectuar a repartição dos encargos relativos ao protocolo assinado com o município de Palmela foi publicada dia 14 de Novembro. O protocolo prevê a comparticipação da obra, pelo Fundo Ambiental, em 85%, até ao máximo de 3,7 milhões de euros”, confirmou a Câmara Municipal de Palmela, em nota de Imprensa. Ao mesmo tempo, a autarquia lembra que a operação deverá ultrapassar os 5 milhões de euros e que a diferença em falta – prevista em mais de 1,3 milhões de euros – será suportada pelo município.
“Esta segunda fase traduz-se numa operação ainda mais complexa, numa extensão de 7,6 quilómetros, entre a zona da nascente (Serra do Louro, a sul) até ao início da zona já intervencionada (Terrim/Ribeira do Alecrim, a norte)”, indica a edilidade. A 2.ª fase da intervenção “inclui também o tratamento da Lagoa da Brejoeira e a valorização da imagem urbana e paisagística da envolvente, promovendo a sua fruição, pela população, através da criação de um Parque Municipal”, frisa a autarquia, a concluir.
Em Junho último, Álvaro Balseiro Amaro, presidente da Câmara de Palmela, já havia sublinhado a importância da 2.ª fase da empreitada, sem a qual “o trabalho ficaria incompleto”. “Os impactos não estariam, seguramente, totalmente contidos se não trabalhássemos este outro troço”, alertou então o edil. “Assim, ficaremos perfeitamente seguros e descansados para muitas dezenas de anos, em relação às zonas ameaçadas por cheias. Mas, também, com um trajecto de linha de água tratado, despoluído e que permite depois ainda, em vários troços, naturalizar e torná-lo num corredor ecológico em zonas urbanas, um autêntico parque verde para que as pessoas possam também ter usufruto e lazer das margens desta ribeira”, sustentou.
Na altura, a autarquia revelou ter a expectativa de que as obras referentes a esta 2.ª fase pudessem ser iniciada em 2024.