Escavações confirmam que igreja do Castelo de Palmela era usada como necrópole

Escavações confirmam que igreja do Castelo de Palmela era usada como necrópole

Escavações confirmam que igreja do Castelo de Palmela era usada como necrópole

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Os trabalhos arqueológicos que tiveram início no passado mês de julho no Castelo de Palmela já permitiram confirmar a existência de uma necrópole no espaço da antiga Igreja de Santa Maria, anunciou hoje a Câmara Municipal.

A intervenção arqueológica, com enfoque no adro da antiga Igreja de Santa Maria, onde vai ser instalada uma escada rampeada, criando um novo acesso, precede a realização das obras para a criação de percursos acessíveis – eliminando as barreiras físicas – no Castelo de Palmela, no distrito de Setúbal.

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O investimento global, de 356.700 euros, é cofinanciado pelo Programa Operacional Regional Lisboa 2020, no âmbito de uma candidatura ao CAFA – Castelos e Fortalezas da Arrábida.

“Das cerca de quatro dezenas de enterramentos exumados até ao momento (cronologicamente delimitados entre o século XVIII e os séculos XV/XVI), os arqueólogos do Museu Municipal confirmaram tratar-se, efetivamente, de população natural da antiga vila (homens e mulheres de várias idades)”, refere uma nota de imprensa da autarquia.

“Nota-se uma forte presença de crianças de muito tenra idade, própria da alta taxa de mortalidade que era comum nos primeiros anos de vida de então”, acrescenta.

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O município afirma que “todas as inumações respeitam os rituais associados às práticas cristãs” e que “os objetos associados são muito raros, normalmente rosários ou terços, botões, crucifixos ou moedas, embora a maioria [das sepulturas] não tenha qualquer objeto, dada a condição social das pessoas que eram enterradas no adro” da Igreja de Santa Maria, no interior do castelo.

A Câmara de Palmela salienta ainda que alguma “documentação escrita de 1510 refere que no adro da igreja se praticavam enterramentos” e que as intervenções arqueológicas vieram confirmar a utilização daquele espaço como “cemitério da população de Palmela”. A maioria dos enterramentos encontra-se em “bom estado de conservação”.

Os trabalhos de campo têm contado, além dos arqueólogos, com a presença de uma antropóloga, prevendo-se que o trabalho laboratorial de antropologia, a realizar posteriormente, permita obter ainda “mais informação sobre a antiga população de Palmela, nomeadamente ao nível da estatura, alimentação, doenças ou deformações causadas pelo trabalho”.

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Lusa

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