1 Junho 2024, Sábado

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Álvaro Amaro critica resposta da ministra da Saúde sobre testes em lares [com vídeo]

Álvaro Amaro critica resposta da ministra da Saúde sobre testes em lares [com vídeo]

Álvaro Amaro critica resposta da ministra da Saúde sobre testes em lares [com vídeo]

O presidente da Câmara lembra testes feitos numa primeira fase para rebater argumentação da governante

 

A resposta da ministra da Saúde, Marta Temido, a O SETUBALENSE “foi evasiva e não corresponde aos critérios utilizados nos rastreios efectuados numa primeira fase”. Quem o diz é Álvaro Balseiro Amaro, presidente da Câmara de Palmela, que não ficou convencido com a argumentação da governante sobre a decisão da tutela arrancar com nova testagem em lares apenas legalizados e com 50 ou mais utentes.

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“Na primeira ronda, entre Maio e Julho, foram centenas de funcionários testados e aí não houve discriminação das estruturas não licenciadas ou a aplicação de um número [mínimo] de utentes”, lembra o autarca. Na altura, sublinha, “foram testados funcionários de lares licenciados e não licenciados, em Instituições Particulares de Solidariedade Social, privados e outras estruturas residenciais”.

O autarca já havia manifestado desagrado por os critérios adoptados para a nova testagem em massa – que já arrancou por todo o País, com uma periodicidade semanal ao longo dos próximos cinco ou seis meses – deixarem de fora várias estruturas residenciais de idosos. E ontem reiterou que nesta fase da evolução da pandemia seria muito mais ajustada uma maior abrangência aos funcionários destes equipamentos, apesar de reconhecer que a tarefa “parece titânica” face à maior periodicidade com que serão realizados testes.

Covid-19: Ministra da Saúde responde a O Setubalense

“O critério dos 50 utentes é um critério de risco. Tínhamos de utilizar um limiar, um patamar, para definir aquelas estruturas que pela sua densidade… Havia que fazer escolhas e definir limiares. E esse limiar terá sido assumido entre a Saúde e o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social”, disse a ministra da Saúde na conferência de Imprensa de sexta-feira, em resposta a O SETUBALENSE.

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Lares ilegais é como se não existissem

Marta Temido explicou também a razão pela qual não são abrangidos os lares que não estão legalizados, não obstante terem condições para funcionar e de até terem em andamento o processo de licenciamento. “Sempre dissemos que os apoiamos como quaisquer outros. Gostava era que todos percebessem lá em casa que essas estruturas não existem nas bases de dados oficiais. Uma estrutura não licenciada, não temos registo dela, somos nós que a descobrimos. Portanto, é difícil comprometermo-nos a assumir um rastreio em algo que não conhecemos à partida”, defendeu. A governante adiantou que quando “os casos são identificados e se afiguram cumprir os critérios” são alvo da “aplicação do mesmo processo de tratamento”.

A ministra recordou ainda que esta segunda fase de testes em estruturas residenciais foi “objecto de algumas recomendações da parte do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças”, depois do “sucesso” que a opção do Governo alcançou numa primeira fase.

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Até Março/Abril, esta nova leva de testes de despistagem à Covid-19 vai incidir de forma “regular” e “faseada por grupos de funcionários em cada estrutura residencial”, que se encontre legalizada e que apresente 50 ou mais utentes, confirmou a Segurança Social a O SETUBALENSE. As excepções verificam-se nos distritos de Lisboa e Porto, onde serão contemplados lares com 30 ou mais utentes. Mas este critério “poderá vir a ser alterado caso existam situações de surto na comunidade”, salientou a Segurança Social, a concluir.

Urgências pediátricas sob pressão provocam gralha ministerial

Com o regresso às aulas, as urgências pediátricas nos hospitais da região de Setúbal já se mostram sob pressão. Marta Temido não revelou se existem medidas preparadas para a situação. Em resposta à questão apresentada por O SETUBALENSE, a ministra não evitou uma gralha e optou por reforçar um apelo antigo.

“Sobre o maior afluxo às urgências hospitalares, concretamente na área da pediatria, estamos no início de um Outono, num regresso à escola, num ano atípico. Gostava de recordar velhas lições, velhas ideias, nem sempre totalmente interiorizadas: linha de saúde 24, por favor não acorram desnecessariamente aos serviços de urgência. 808 24 24”, frisou.

Ora, a linha é 808 24 24 24 e Ricardo Araújo Pereira, no programa “Isto é gozar com quem trabalha”, emitido no último domingo, não deixou o deslize passar em claro. O humorista “agarrou” na resposta da ministra a O SETUBALENSE e ainda numa declaração antiga da governante para a lembrar que ainda não foi desta que acertou no número correcto da linha do Serviço Nacional de Saúde.

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