Secretário de Estado da Agricultura reconhece o impacto da agricultura em Odemira no País
Já com grande parte das tasquinhas abertas, os visitantes a chegarem e a encherem os restaurantes e a explorarem o que de melhor há no concelho. Foram assim as primeiras horas da Feira das Actividades Culturais e Económicas (FACECO) que teve a abertura oficial durante o início da tarde.
O secretário de Estado da Agricultura, João Moura, foi quem presidiu à sessão de ‘abertura’ do certame que decorre, até domingo, em São Teotónio, no concelho de Odemira.
Na inauguração oficial, ao lado do presidente da Câmara Municipal de Odemira, Hélder Guerreiro, e do presidente da Junta de Freguesia de São Teotónio, Dário Guerreiro, reconheceu a importância da agricultura da região para o País, nunca esquecendo que ainda existem questões a serem tratadas – tanto pelo município, como a junta de freguesia e até o próprio Governo.
“Odemira contribui de forma muito significativa para a nossa balança comercial e para as exportações portuguesas”, expressou durante a sua intervenção.
Em matéria de imigração o secretário de Estado entende que o concelho “sofreu nos últimos anos um fenómeno diferente do habitual”, ou seja, o número de habitantes aumentou pelo que é necessário pensar nos impactos para a região.
“O concelho de Odemira sofreu nos últimos anos um fenómeno diferente do habitual: inverter a tendência da regressão demográfica. Mas isto tem impactos, e são estes impactos – a pensar nestes impactos – que o Governo, uma das principais medidas que adoptou foi regular a imigração em Portugal”, concluiu.
Neste mesmo sentido, Dário Guerreiro não deixou de frisar a falta de efectivos da GNR, um problema que assola os fregueses. “Mais segurança nomeadamente no posto da GNR de São Teotónio. Somos uma freguesia com mais de nove mil habitantes – que neste momento ultrapassam certamente os 12 mil – e ter um rácio de cerca de um militar por mil habitantes é muito pouco”.
“A Faceco é a montra do concelho de Odemira”
Antes da inauguração oficial, o secretário de Estado acompanhou uma comitiva da câmara municipal em visita ao recinto. Pelo meio houve ainda tempo para entregar os galardões aos três primeiros premiados do 35.º Concurso Nacional Limousine (secções de Esperanças Fêmeas e Machos Limousines).
O certame odemirense é uma oportunidade de conjugar esforços, da autarquia e da junta de freguesia, para mostrar o que de melhor há no concelho. Quem o afirma é Hélder Guerreiro.
“A Faceco é a montra do concelho de Odemira, do saber fazer, das actividades económicas, da cultura, e, portanto, aqui dizemos muitas vezes que o Mundo é grande e Odemira é gigante e aqui conseguimos concentrar tudo, mas também concentramos aquilo que somos capazes de fazer”.
A questão da Agricultura não deixou de fazer parte do discurso do autarca que, revelou, que para este e o próximo ano estão já assegurados “12 hectómetros cúbicos de água” apesar da seca extrema vivida neste ponto do País.
Apesar da cooperação, o presidente daquela junta de freguesia não deixou de fazer dois apelos ao autarca, um dos quais espera ver cumprido na próxima edição do certame. “Lançar um desafio ao senhor presidente, há mais de 30 anos que em São Teotónio batalhamos para que seja feita uma zona para fixação empresarial – denominada zona industrial. Esse terreno foi adquirido há cerca de seis anos e o desafio é que, na próxima edição da feira, aqui possa publicamente fazer a apresentação do projecto ou, se possível, lançar a primeira pedra da obra”.
Sobre esta questão Hélder Guerreiro assumiu ser possível que, para o ano, possa ser dado o primeiro passo para a concretização deste projecto. No final da intervenção, o edil de Odemira afirmou estar disponível para “trabalhar em conjunto” com o Governo. Com M.G