Centro de Acolhimento Autárquico de Emergência, para situações de desalojamento súbito, é uma das principais medidas
“Para não deixar ninguém para trás e fazer chegar os recursos a quem mais precisa”, conforme vincou o presidente Nuno Canta, a Câmara do Montijo decidiu na reunião de quarta-feira passada, por unanimidade, criar um Programa Municipal de Solidariedade.
Além de englobar algumas medidas já em implantação, reorganizando-as, o programa acrescenta outras, novas, das quais se destaca a criação de um Centro de Acolhimento Autárquico de Emergência Social (CAAES), que visa “dar resposta às necessidades de realojamento imediatas e urgentes de pessoas em vulnerabilidade social”, explicou o socialista.
Para o efeito, a autarquia destinou “uma habitação de tipologia T4 do parque
habitacional municipal no Bairro do Esteval”. O apartamento, avança o município em nota de Imprensa, “irá sofrer obras de recuperação”, com a autarquia a suportar “a aquisição de mobiliário, electrodomésticos e demais bens necessários, assim como a electricidade e água”. O Centro de Acolhimento vai ser “gerido por uma instituição particular de solidariedade social, através de protocolo a celebrar com o município”, sendo que os utentes “serão sinalizados pelos serviços municipais de Protecção Civil e/ou pelos parceiros da Rede Social”.
O programa de solidariedade permite ainda reforçar, com um montante global de 20 mil euros, o apoio “às instituições do concelho que integram a Rede de Apoio Alimentar”, para a aquisição de alimentos. A Câmara destaca ainda, entre as novas medidas, “a criação de uma resposta, de funcionamento semelhante à Rede de Apoio Alimentar, para a disponibilização de bens de primeira necessidade (higiene pessoal e limpeza) às famílias sócio-economicamente vulneráveis”.
Vão ser também distribuídas mil máscaras comunitárias às famílias que beneficiam de apoio alimentar. A confecção das mesmas está a cargo dos seniores que participam “nos projectos municipais de envelhecimento activo e pelo Banco Local de Voluntariado”, revelou Nuno Canta. O autarca adiantou que a Câmara vai “manter o IMI Familiar, estudar a implementação de uma farmácia solidária” e continua a “entrega de refeições quentes ao domicílio”, entre outras medidas.