28 Junho 2024, Sexta-feira

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‘Gaivota do Montijo’ vai ser construída de raiz para navegar no Tejo

‘Gaivota do Montijo’ vai ser construída de raiz para navegar no Tejo

‘Gaivota do Montijo’ vai ser construída de raiz para navegar no Tejo

Protocolo com a ADREPES aprovado. Projecto da autarquia visa aquisição de um bote fragata maior do que o de Alcochete

 

Se a candidatura a financiamento comunitário chegar a bom porto, o Montijo vai passar a contar com uma embarcação típica do Tejo construída de raiz. E o nome do bote fragata, que “terá mais cinco metros de comprimento” do que o Bote Leão do concelho vizinho, Alcochete, até já está definido – irá chamar-se “Gaivota do Montijo”.

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A designação foi avançada por Nuno Canta, presidente da Câmara Municipal do Montijo, na reunião do executivo realizada na última quarta-feira, durante a apresentação de uma proposta de protocolo de parceria com a Associação para o Desenvolvimento Rural da Península de Setúbal (ADREPES), para adesão ao Grupo de Acção Local (GAL) Costeiro pelo período 2021-2027. A proposta – que acabou aprovada por unanimidade – permite, ao abrigo do GAL ADREPES Costeiro, candidaturas a uma taxa de apoio de 50% a fundo perdido para um investimento máximo elegível de 200 mil euros.

Segundo Nuno Canta, a autarquia já entregou à ADREPES “toda a descrição cultural e história” de enquadramento sobre a relação do território montijense com o rio para o desenvolvimento da candidatura. “Esperamos, através deste financiamento do Gal Costeiro, construir um barco totalmente novo, em madeira e tradicional”, disse o socialista, sem deixar de avançar que a futura embarcação deverá ter capacidade para cerca de “20 e tal pessoas”.

O investimento é visto com bons olhos pela oposição, mas o vereador do PSD, João Afonso, aconselhou o presidente da autarquia a não se entusiasmar. E explicou: “Hoje não se está a aprovar nada para construção de um bote. Estamos a aprovar um protocolo a celebrar com a ADREPES, enquanto gestora deste projecto conjuntamente com entidades públicas e privadas, para desenvolver um processo de candidatura regional”, lembrou o social-democrata, antes de atirar: “Pode ser o princípio de alguma coisa, mas não é mais do que isso. Já andamos há anos a falar que o Montijo tem de ter um varino, um bote, porque as câmaras de Vila Franca de Xira, Alcochete, Moita e outras já têm”.

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Mas para Nuno Canta é mais do que isso. E o presidente da autarquia recordou exemplos semelhantes de outros projectos já concretizados e o fruto de cooperações com a ADREPES. “Neste momento são intenções, mas escritas, e achamos que as pessoas de lá estão de boa-fé e que vão cumprir connosco esta questão”, frisou, para reforçar de seguida que no projecto entregue à associação consta a auscultação feita às duas unidades hotelaleiras da cidade. “Até estão aqui os hotéis, dentro deste processo, para podermos dinamizar com a hotelaria viagens neste bote fragata.”

Pela bancada da vereação da CDU, o vereador Joaquim Correia admitiu satisfação pelo investimento num barco tradicional do rio, mas manifestou preocupação em relação ao estado de uma outra embarcação que pertence ao município. “Queria saber em que estado está a Lubélia Maria, que também é património municipal e que se calhar vai servir para queima do batel”, ironizou.

Nuno Canta revelou que o processo está em avaliação. “Temos agora um último orçamento, se calhar vamos ter de investir 160 mil euros para a recuperar. Mas se calhar vale a pena”, retorquiu, a finalizar.

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