Candidatos discutem medidas em mais de uma dezena de áreas entre as quais habitação e segurança

Candidatos discutem medidas em mais de uma dezena de áreas entre as quais habitação e segurança

Candidatos discutem medidas em mais de uma dezena de áreas entre as quais habitação e segurança

Cinema-teatro Joaquim D’Almeida esteve a meio gás para saber quais as propostas de cada um dos sete candidatos para os próximos quatro anos

O Cinema-teatro Joaquim D’Almeida esteve a meio gás, na manhã de ontem, para conhecer as propostas de cada um dos sete candidatos para a presidência da Câmara do Montijo nos próximos quatro anos.

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Saúde, habitação, educação, segurança, captação de investimento, a requalificação da zona ribeirinha, a mobilidade e os transportes, bem como a cultura e o desporto foram os temas que preencheram praticamente três horas de debate, onde também não faltaram perguntas e acusações entre os candidatos.

Na iniciativa, que contou com a moderação do jornalista Mário Rui Sobral, participaram Ricardo Bernardes (PS), Luís Franco (CDU), Pedro Vieira (PSD/IL), Nuno Valente (Chega), Fernando Caria (Movimento Independente “Montijo com Visão e Coração”), Alexandre Nascimento (Livre) e Manuel Fona Vieira (ADN).

O evento contou com o apoio da AISET e parcerias da Rádio PopularFM, Rádio Sines, Rádio Miróbriga M24, Rádio Pax e o jornal O Leme.

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Saúde

O candidato do PSD/IL entende que é necessário resolver a carência de médicos de família – com incentivos económicos como o da habitação. Quer também o transporte das freguesias para levar a população às consultas.

O candidato do movimento independente diz que vai fazer cumprir o acordo de uma ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) no concelho. Quanto às freguesias “mais rurais” quer criar unidades móveis de saúde e reforçar a construção de USF.

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Já o candidato da CDU defende a instalação de extensões aos centros de saúde, quer ainda dotar o Hospital do Montijo com mais valência e reivindicar a construção do novo hospital.

A candidata do Livre propõe um aumento do valor do orçamento municipal nesta matéria. Um novo hospital para o Montijo, o reforço nas áreas da saúde mental e na nutrição são algumas intenções.

O candidato do ADN considera necessários novos centros de saúde e “prorrogar o tempo para que os médicos possam localizar-se no concelho do Montijo”. Diz ainda que é preciso falar com a tutela sobre saúde.

O candidato do Chega diz querer trabalhar com um grupo de médicos privados e lançar um “cartão de saúde privado” para os montijenses. Entende que o setor privado é capaz de colmatar a falta de médicos no SNS.

Para o candidato do PS a intenção é construir um novo polo de saúde no Montijo, com maior atratividade para profissionais e ainda celebrar um protocolo entre o município, o Governo e instituições do setor solidário.

Habitação

Fernando Caria compromete-se, ao longo dos próximos 10 anos, construir mais 500 casas. Resgatar o acordo com o IHRU, de 31 milhões de euros, elaborar um inventário de imóveis que o Estado e o município têm para serem convertidos para habitação são também propostas.

Luís Franco aponta dedos ao PS por ter “desaproveitado [em 90%] as candidaturas para a construção de habitação a preços controlados”. Quer prorrogar o prazo dos apoios financeiros. Pergunta a Fernando Caria e Ricardo Bernardes o que fizeram quanto à habitação.

Alexandra Nascimento quer que 10% das casas sejam de habitação pública, elaborar um estudo da potencial habitação do património municipal, a revisão do PDM e rever a regulamentação urbanística para ter noção das taxas urbanísticas. Adquirir “fogos vagos e devolutos” é uma outra medida.

Manuel Fona Vieira entende que, nos últimos 20 anos, o executivo PS nada fez quanto à habitação. A especulação da habitação e o “abandono das casas” são algumas falhas apontadas, a par da proposta de criar um gabinete de provedor do munícipe, para ajudar nas rendas.

Nuno Valente quer criar uma “via verde” para o licenciamento de projetos, fazer o levantamento dos imóveis existentes e uma auditoria à concessão de habitação municipal para “privilegiar jovens casais e monoparentais”. Trabalhar com os privados para residências estudantis é outra medida.

Ricardo Bernardes propõe garantir a execução das candidaturas ao PRR. Fazer parcerias com os privados para a “habitação a custos acessíveis” é também uma intenção, através da atribuição de terrenos a privados para construção acessível, e a redução de taxas.

Pedro Vieira diz que é necessário “planeamento na câmara” e acredita que as oportunidades do PRR têm sido desperdiçadas. Quer rever a Estratégia Municipal de Habitação e concretizar 200 casas no primeiro mandato, com apoio do Banco Europeu de Investimento (BEI) e do Orçamento de Estado.

Educação

Do lado da CDU a prioridade é rever a carta educativa que afirmam “desatualizada”. A requalificação do parque escolar, a construção de um novo centro escolar em Pegões, e um outro – ainda sem localização – são também propostas.

O Livre propõe rever a carta educativa e reabilitar as escolas do concelho e os equipamentos que estas dispõem. Construir creches públicas é também uma prioridade para o município não continuar a apoiar-se em “mecanismos de emergência”.

O ADN entende que o Montijo tem as “melhores escolas” da península. Refere, no entanto, que são necessárias remodelações – e dá o exemplo da EB1/JI Rosa dos Ventos e a Escola Secundária Poeta Joaquim Serra.

O Chega tem como prioridades a reabilitação de escolas, o reforço das vagas nas creches e pré-escolar e fazer “uma radiografia clara” para organizar um plano de intervenção. Quer também um HUB tecnológico, para trazer o Ensino Superior para o Montijo.

No entender do PS é necessário um novo centro escolar para a UF Montijo e Afonsoeiro, bem como para Pegões, e rever a carta educativa. Defende a reabilitação faseada da Escola D. Pedro Varela e a Escola Secundária Poeta Joaquim Serra.

Para a coligação PSD/IL são necessários dois centros escolar – um do lado ocidental e outro do lado oriental da cidade – para substituir a Escola D. Pedro Varela e, ainda, “olhar para as pessoas que fazem parte do universo das escolas” para lhes dar melhores condições, e rever a carta educativa.

O movimento independente “Montijo com Visão e Coração” compromete-se a requalificar a Escola D. Pedro Varela, bem como a Poeta Joaquim Serra. Defende também a construção de, no mínimo, duas novas escolas dado estas estarem “superlotadas”.

Segurança

Neste tema Alexandra Nascimento entende que é necessário, cuidar e iluminar o espaço público – bem como as paragens dos transportes públicos. Quanto à polícia municipal e videovigilância considera não existirem dados científicos que estes sejam eficazes.

Manuel Fona Vieira quer uma polícia municipal e a instalação de sistemas de videovigilância. Considera que o concelho não é “inseguro”, mas questiona o público se há insegurança em Pegões, apontando-a ao aumento de imigrantes.

Para Nuno Valente o RASI é uma “falácia” e diz que os crimes não estão contemplados porque “as pessoas não os reportam”. Defende uma “divisão da polícia”, concorda com a videovigilância e um reforço dos gratificados da PSP e discorda com a polícia municipal.

Ricardo Bernardes aponta a necessidade de videovigilância em áreas específicas do concelho, discorda de uma polícia municipal, mas espera que haja fiscalização municipal a par da melhoria das condições laborais das forças policias.

Pedro Vieira quer a nova esquadra o mais rápido possível. Diz ser fundamental a videovigilância, e que o primeiro local onde esta deve ser implementada é no Cais do Seixalinho.

Fernando Caria é a favor da videovigilância “nas zonas mais críticas e sensíveis da cidade”, e da criação da polícia municipal, para ajudar as atuais forças policiais e fazer um policiamento de proximidade.

Luís Franco diz que o concelho não é inseguro. A reabilitação e regeneração dos centros históricos é a principal medida. Discorda em absoluta com a polícia municipal e com a instalação de videovigilância.

Captação de investimento

O ADN entende que o Montijo está “congestionado de logística”, mas acabou por não dar medidas concretas na matéria.

O Chega quer investimento privado com “economia circular”, o parque tecnológico HUB e um ‘cluster’ ligado à Inteligência Artificial é também uma proposta.

O PS quer estudar os investimentos necessários em cada ponto do território onde também vão estar incentivos fiscais. Ainda o gabinete de apoio ao investidor e reforçar o turismo.

O PSD/IL quer criar uma “simplificação administrativa” para todos os investimentos “privados, para todos, para as pessoas que queiram construir a sua casa ou trazes um parque tecnológico”.

O movimento “Montijo com Visão e Coração” propõe a “criação de uma via verde para os licenciamentos urbanísticos” para dar resposta aos investidores. Benefícios fiscais e apoiar empresas que contratem residentes são também propostas.

A CDU defende a revisão do PDM para “qualificar e definir as atividades económicas que têm de ser desenvolvidas”. Um polo tecnológico e uma instituição de Ensino Superior são também necessários.

O Livre quer promover um “desenvolvimento misto e harmonioso” onde se concilie a habitação e as atividades económicas. Discorda com a criação de um parque industrial/empresarial.

Requalificação da frente ribeirinha e mobilidade

Do lado do Chega a proposta é reverter a cidade estar “de costas viradas para o rio”. Os desportos náuticos poderão ajudar nesta mudança. Na mobilidade, voltar a insistir na proposta de fazer um novo acesso à Ponte Vasco da Gama.

Para o PS o compromisso é um plano estratégico para identificar os investimentos na frente ribeirinha. Para a mobilidade defende o reforço dos transportes públicos municipais.

O PSD/IL quer fazer a zona ribeirinha no espaço de um quilómetro. Considera que, na mobilidade, é possível existir o novo nó de acesso à ponte e também duas faixas de trânsito desde a rotunda do Gameiro até à Lançada.

O movimento independente defende executar, entre o antigo Cais dos Vapores e a Ponte dos Afetos, zonas de restauração e lazer. O acesso à ponte é outra das medidas defendidas.

A CDU diz não conhecer condicionamentos à requalificação da frente ribeirinha “de excelência” e que “o município tem de ter o domínio do processo”. A criação de um novo nó de acesso é também defendida.

Para o Livre é urgente “elaborar um novo plano de mobilidade sustentável” para reduzir o uso do carro. Na requalificação da frente ribeirinha quer promover “centralidades” e promover as atividades náuticas.

No ADN defende a “qualidade” e uma frente ribeirinha “digna” e, na mobilidade, uma melhor acessibilidade entre Pegões-Canha-Montijo-Lisboa e que é necessário investimento.

Cultura e desporto

Nuno Valente propõe, no desporto, um centro de alto rendimento desportivo e, na cultura, a renovação do programa cultural e um festival de verão com bandas lusas e estrangeiras.

Alexandra Nascimento quer a elaboração de um plano municipal para a cultura, fomentar as residências artísticas, entre outras e, no desporto, atualizar a carta desportiva e apostar na diversificação das infraestruturas desportivas.

Fernando Caria compromete-se a criar o conselho cultural, instalar um Museu do Brinquedo e voltar a Bienal Internacional de Artes Plásticas. Para o desporto, promover a criação de pavilhões polidesportivos nas freguesias.

Pedro Vieira aponta a criação de um “projeto linear” na EN4 que congregue todos os equipamentos culturais pelo caminho, interligando-o ao turismo. No desporto, fazer um novo campo de futebol.

Luís Franco propõe a requalificação de todos os equipamentos desportivos e a construção de uma nova piscina municipal e, na cultura, a dinamização da biblioteca municipal e a construção de uma nova.

Manuel Fona Vieira quer dinamizar e criar mais companhias de teatro e “trazer festivais”. No desporto, dinamizar e apoiar o Estrela Afonsoeirense e o Olímpico do Montijo.

Ricardo Bernardes quer que o Parque de Exposições Acácio Dores num pavilhão multiusos, a construção de um espaço de piscinas e lazer. No desporto “criar um espaço dedicado à memória industrial do Montijo” na antiga fábrica do Izidoro.

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