Assembleia Municipal aprova documento. Investimento no último ano ascendeu a 5,4 milhões, o correspondente a uma taxa de execução de 40%
A Câmara Municipal do Montijo fechou 2024 com um resultado líquido negativo de 1,68 milhões de euros.
As contas, que já haviam sido aprovadas pelo executivo camarário com quatro votos a favor (três do PS e um do PSD) e duas abstenções da CDU, foram ratificadas na última sexta-feira pela Assembleia Municipal, com 11 votos favoráveis (dez do PS e um da CDU) e as abstenções de PSD (cinco), CDU (três), BE (um) e IL (um).
De acordo com o documento da prestação de contas, a despesa total líquida foi de 54,6 milhões de euros, o equivalente a uma taxa de realização de 78% em relação aos 70,2 milhões do Orçamento Municipal. Cresceu 5,2 milhões face a 2023 (um aumento de 11%). A despesa corrente foi de 45,7 milhões e a despesa de capital ascendeu a 8,8 milhões.
O investimento realizado em 2024 correspondeu a 5,4 milhões de euros, o que se traduziu numa taxa de execução de 40%. A construção anexa à Galeria Municipal, a recuperação da cobertura das oficinas municipais, a reabilitação do Centro de Saúde do Afonsoeiro, a requalificação do sintético do Esteval e a execução de trabalhos nos edifícios escolares foram alguns dos investimentos realizados no último ano.
Já no que toca à receita, o município arrecadou no total 66,2 milhões de euros, o que se traduziu numa taxa de realização de 94%. A receita total cresceu 9% face a 2023.
A receita corrente foi de 51,5 milhões (cresceu 7,5 milhões em relação ano anterior), ao passo que a receita de capital cifrou-se nos 3,6 milhões (mais 365 mil euros face a 2023). As outras receitas atingiram os 11 milhões (o que representou uma diminuição de 2,4 milhões, comparativamente com o ano transacto).
A receita arrecadada com os impostos directos correspondeu a 24,3 milhões: as maiores fatias foram obtidas com o IMI e o IMT, que representaram, respectivamente, 31% e 54% do total das cobranças fiscais. A receita dos impostos directos aumentou 3,9 milhões de euros face a 2023.
Na Assembleia Municipal, o voto dissonante (a favor da prestação de contas) que surgiu na bancada da CDU mereceu a reprovação da coligação. “O voto favorável não pode ser referido à bancada da CDU. O senhor que está aqui em representação da Junta de Sarilhos Grandes [a substituir a independente Dinora Caetano, que preside àquela autarquia e que foi eleita pela CDU] é publicamente o candidato do PS a Sarilhos Grandes [nas próximas autárquicas] e, por conseguinte, não faz parte politicamente da bancada da CDU”, explicou Avelino Antunes, membro do grupo municipal da CDU.