25 Abril 2024, Quinta-feira
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Barcos eléctricos só para o final de 2023 e com Montijo na rota

Informação avançada pela União dos Sindicatos de Setúbal contraria versão apresentada pelo presidente da Câmara

 

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Dos dez navios eléctricos que a tutela decidiu adquirir por cerca de 70,6 milhões de euros para renovação da frota da Transtejo alguns já estão a ser testados em Espanha, mas a entrada ao serviço só deverá acontecer próximo do final de 2023. E os novos barcos, além das travessias de Seixal e Almada com Lisboa, também devem vir a fazer carreiras entre Montijo e a capital, ao contrário do que foi revelado por Nuno Canta, presidente da autarquia montijense, na reunião do executivo realizada no passado dia 14.

A informação foi esta quarta-feira confirmada a O SETUBALENSE por Luís Leitão, da União dos Sindicatos de Setúbal/CGTP-IN, que adiantou que a adjudicação da instalação de pontos de carregamento energético para as novas embarcações já está decidida. “O concurso foi ganho pela CNE. Vão ser implementados cinco pontos de carregamento, um em cada doca (Seixal, Cacilhas, Montijo e Cais do Sodré) e outro na doca seca onde os barcos atracam”, disse o responsável sindical, que tem vindo a acompanhar o processo.

Segundo Luís Leitão, “a maioria dos [dez] barcos está construída e a ser testada em Espanha”. Mais atrasados estão os pontos de carregamento. “Basicamente, é o que falta”, sublinhou. Porém, ainda vai demorar algum tempo para a entrada em acção da nova frota. “Está previsto que o arranque comece com a operação no Seixal e só depois se estenda a Cacilhas e Montijo, antes do final de 2023”, avançou, ao mesmo tempo que estranhou a informação veiculada por Nuno Canta na última sessão de câmara.

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“Montijo mantém-se como inicialmente estipulado. Ainda hoje [quarta-feira] junto das pessoas da Transtejo estranhou-se muito essa informação, de que os novos barcos não fariam essa travessia, apesar de ser mais longa”, revelou o sindicalista.

Carreiras serão reforçadas

A comunicação do presidente da autarquia surgiu na sequência de uma questão levantada pelo vereador Ilídio Massacote (PSD), sobre a recorrente supressão de carreiras fluviais que continua a penalizar os utentes do Montijo. O social-democrata quis saber para quando está prevista a chegada dos novos barcos eléctricos e o líder do executivo foi peremptório: “O que sabemos é que esses barcos não poderão vir para o Montijo, porque não têm capacidade de bateria para ir e vir. Teria de haver uma situação de ficarem cá a carregar [a bateria]. Vão ser utilizados, segundo informação que fomos obtendo, não de forma oficial mas pelo que falámos com as pessoas responsáveis, apenas para os locais [Seixal e Cacilhas] de menor distância de atravessamento do rio”.

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De acordo com a versão do socialista, a implantação dos novos barcos em Seixal implicará que os catamarãs que ali operam “venham a apoiar” as carreiras entre Montijo e Lisboa. “Vamos continuar a ter estes barcos tipo catamarã. Mesmo não vindo os barcos novos, vamos ter um reforço de carreiras. É isso que a Câmara Municipal espera”, concluiu.

O SETUBALENSE tentou obter esclarecimentos junto da Transtejo, mas até ao momento não obeteve resposta ao conjunto de respostas enviadas à empresa.

Para 45 minutos Tempo de viagem vai aumentar

Caso os novos barcos eléctricos venham mesmo a operar entre Montijo e Lisboa, o tempo de viagem – que actualmente, com os catamarãs, se cifra em cerca de meia-hora – irá aumentar entre 10 a 15 minutos. “A informação que tenho da parte dos trabalhadores da Transtejo é que as carreiras vão aumentar para, pelo menos, 45 minutos”, alertou o vereador Ilídio Massacote, durante a reunião do executivo. A versão do social-democrata foi também partilhada por Luís Leitão, da União dos Sindicatos de Setúbal, a O SETUBALENSE. “Os barcos eléctricos vão demorar mais a efectuar a travessia, porque não têm a mesma velocidade de cruzeiro”, explicou o responsável sindical.

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