Treze mariscadores auxiliados em embarcação ao largo da praia do Rosário pelas autoridades marítimas. Cem quilos de amêijoa apreendidos
Fizeram-se ao Tejo para apanhar amêijoa e viram-se surpreendidos pela maré, espicaçada pelas condições meteorológicas adversas que, nesta terça-feira, se fizeram sentir. O grupo de 13 indivíduos estava a bordo de uma embarcação que enfrentava dificuldades, ao largo da praia do Rosário, concelho da Moita, e o que valeu foi a atenção de um popular que se apercebeu da situação e alertou as autoridades.
Os 13 foram “resgatados”, alvo de um auto de notícia elaborado pela Polícia Marítima e viram os 100 Kg de produto que haviam recolhido das “entranhas” do Tejo ser-lhes apreendido. A apanha de amêijoa japónica é proibida. Sabem-no, mas arriscam tudo, inclusivamente a vida. Até porque, o negócio que se tornou num autêntico flagelo há já vários anos continua a ser bastante lucrativo. Mais até para alguns que nem molham os pés, mas que são intermediários.
Passavam 20 minutos das 4 horas da tarde, quando o alerta foi dado, revelou a Autoridade Marítima Nacional. E a operação de auxílio à embarcação, que ia resistindo à intempérie, foi coroada de êxito. Embora juntos formassem número que os mais supersticiosos acreditam ser espelho do azar, os 13 acabaram por ter sorte, ao chegarem a solo firme sãos e salvos.
A resposta de socorro, de acordo com o comunicado da Autoridade Marítima Nacional, foi assegurada por “duas embarcações da Capitania do Porto e Comando-local da Polícia Marítima de Lisboa”. ‘A tempo e horas’, ou seja, em momento oportuno, adequado, já que permitiu aos elementos da Autoridade Marítima Nacional efectuarem eficazmente o auxílio à embarcação e, consequentemente, o desembarque do grupo “em segurança junto ao Lavradio, no concelho [vizinho] do Barreiro”.
Os 13 “mariscadores” haviam sido “recolhidos” a bordo da embarcação socorrida, “depois de terem sido apanhados pela maré e pelas condições meteorológicas adversas que se faziam sentir, enquanto praticavam a apanha de amêijoa”, apurou a autoridade marítima.
A amêijoa japónica, encontrada a bordo e apreendida “como medida cautelar” pela Polícia Marítima, foi “devolvida ao seu habitat natural” por ainda “se encontrar viva”.