Associação, que apoia pessoas com doenças raras e as suas famílias, corre o risco de fechar, deixando cerca de uma centena de utentes sem resposta
O Instituto de Segurança Social e a direcção da Raríssimas – Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras acordaram hoje procurar uma solução urgente para manter as actividades e as respostas sociais de “relevante importância” para os utentes da associação.
Uma nota do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social enviada à Agência Lusa refere que de uma reunião entre o conselho directivo do Instituto da Segurança Social e a direcção da Raríssimas “resultou o acordo na procura de uma solução que permita continuar a desenvolver as actividades e as respostas sociais, de relevante importância para os utentes e beneficiários”.
A associação Raríssimas, que apoia pessoas com doenças raras e as suas famílias, corre o risco de fechar, deixando cerca de uma centena de utentes sem resposta, devido a dificuldades financeiras, disse na sexta-feira à agência Lusa o presidente da instituição.
Fernando Ferreira Alves disse que a Casa dos Marcos, na Moita, sede da associação, está na iminência de fechar porque receberam na sexta-feira uma indicação do Governo de que não será concedido à Raríssimas o Fundo de Socorro Social pedido em Julho.
A associação, actualmente a funcionar ‘pro bono’, tem 29 utentes internos, 30 no Centro de Actividades e Capacitação para a Inclusão e 39 na Unidade de Cuidados Continuados.
Em 2017 a associação esteve envolvida em controvérsias, o que resultou numa perda significativa de apoios e donativos, que afectou a sustentabilidade financeira, levando à necessidade de reestruturações internas e à implementação de medidas na procura de recuperação da confiança pública.
A ex-presidente da Raríssimas Paula Brito da Costa foi condenada em 20 de Março de 2024 a uma pena suspensa de dois anos de prisão e uma indemnização de cerca de 12.800 euros pelo crime de abuso de confiança, por ter usado em benefício próprio o património da associação.