Arguido responde por homicídio qualificado ao ter agido com frieza de ânimo e por motivo torpe ou fútil
Um jovem de 22 anos foi acusado pelo Ministério Público (MP) pelo homicídio qualificado da própria irmã, Lara Gonçalves, de 17 anos, à pancada em casa, na Moita, em Outubro do ano passado, após uma discussão entre os dois. O suspeito foi detido em Março deste ano, depois de contar o que fez a amigos e ficou em prisão preventiva.
O corpo da jovem foi encontrado em casa, na Urbanização Fonte da Prata, em Alhos Vedros, concelho da Moita, pela avó na manhã de 2 de Outubro após alerta da escola por ter faltado às aulas. A jovem estava na sala, prostrada de face para baixo, com a cara e membros arroxeados.
Frequentava a Escola Básica 2/3 D. Pedro II, na Moita, e foi o estabelecimento que deu o alerta ao pai da jovem sobre esta ter faltado às aulas. O homem telefonou à avó de Lara para ir a casa ver se esta se encontrava lá e pelas 11h30, a mulher deparou-se com o corpo da neta.
O último contacto da jovem foi com o pai, às 7h30 de segunda-feira. Dava conta de que ouvia barulho nas escadas do prédio e que tinha receio de que algo lhe pudesse acontecer. Os bombeiros da Moita e a GNR acorreram ao local e, perante o cenário, chamaram a Polícia Judiciária de Setúbal.
O corpo foi transportado para o Instituto de Medicina Legal para ser submetido a autópsia. Logo foi afastada o cenário de suicídio, mas não a hipótese de morte acidental. Após meses de investigação, a Polícia Judiciária de Setúbal partiu para a detenção do irmão de Lara Gonçalves pela autoria do seu homicídio. O arguido responde por homicídio qualificado ao ter agido com frieza de ânimo e por motivo torpe ou fútil.