Joaquim Pedro: “O desenvolvimento e criação de novas infraestruturas desportivas será um desígnio para nós”

Joaquim Pedro: “O desenvolvimento e criação de novas infraestruturas desportivas será um desígnio para nós”

Joaquim Pedro: “O desenvolvimento e criação de novas infraestruturas desportivas será um desígnio para nós”

O social-democrata aponta à construção de dois pavilhões gimnodesportivos, um na Secundária da Baixa da Banheira e outro na Escola Fragata do Tejo, em quatro anos. E acena com uma “Cidade do Desporto” na Quinta da Fonte da Prata, em 12 anos. Compromete-se ainda a cortar nas “gorduras” para reduzir a carga fiscal municipal

Foi eleito presidente da Comissão Política da Secção da Moita do PSD em outubro último e, volvido praticamente um ano, irá submeter-se a um outro sufrágio. Joaquim Pedro candidata-se à presidência da Câmara Municipal da Moita pelos social-democratas e, entre os compromissos eleitorais que apresenta, destaca a aposta na área do desporto como “um desígnio”.

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Propõe a construção de dois pavilhões gimnodesportivos, um na Secundária da Baixa da Banheira e outro na Escola Fragata do Tejo, num mandato, e explica como pretende desenvolver uma “Cidade do Desporto” na Quinta da Fonte da Prata.

O candidato “laranja” aponta também ao corte de “gorduras” na autarquia, para justificar como conseguirá baixar o IMI para o valor mínimo, devolver 2,5% de IRS às famílias e ainda reduzir taxas municipais sem comprometer o equilíbrio financeiro do município. Nesse âmbito, promete acabar com “um conjunto de prestação de serviços externos, avenças, viaturas para a vereação, assim como com os custos elevados das festas”.

Diz-se defensor da implementação de videovigilância em locais a definir por profissionais das forças de segurança, promete investir nas escolas do concelho e contratar mais assistentes operacionais para a área da educação, e arrasa a gestão socialista da Câmara e o vereador Ivo Pedaço, que foi eleito pelo Chega, mas que passou a independente e que se candidata agora pelo CDS.

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“O candidato do Chega, logo após as eleições, tornou-se independente, através de uma oferta privada de ‘compra de voto para aprovar tudo’, em troca de uma avença de cerca de 80 mil euros de assessoria em quatro anos (…) assim como [de] emprego para a mulher e ainda um conjunto de apoios para a associação da qual tinha sido parte integrante”, dispara.

E quanto a objetivos para estas eleições é pragmático: “Se não elegermos pelo menos um vereador, o resultado será negativo, visto que o nosso projeto passa por voltar a ter um PSD respeitado no nosso concelho e isso só se consegue com representação nas decisões”.

Assume a redução do IMI para o valor mínimo de 0,30%, a devolução de 2,5% de IRS às famílias e ainda a redução de taxas municipais. Consegue, de forma concreta, explicar como é possível fazê-lo sem desequilibrar as finanças do município e a que outras taxas municipais se refere?
Começo por dizer que temos de dar um sinal claro de que não podemos cobrar para o péssimo serviço prestado pela Câmara Municipal, sendo assim devemos baixar o IMI, devolver 2,5% de IRS cobrado, assim como 5% nas taxas aplicadas na publicidade dos estabelecimentos comerciais, toldos e esplanadas, o que será compensado através [do corte] das gorduras – onde se inclui um conjunto de prestação de serviços externos, avenças, acabar com as viaturas para a vereação, assim como os custos elevados das festas –, que mesmo com custos demasiados elevados não garantem a melhor qualidade e organização. Exemplo será dentro da Câmara Municipal, criar um gabinete responsável da gestão para todas as festas do concelho, aquisição em conjunto ou pacote daquilo que são bens e serviços iguais ou semelhantes.

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Elege a segurança como uma das prioridades. Já disse ser contra a criação de polícia municipal na Moita, mas a favor da videovigilância. Para que locais defende a implementação de videovigilância?
Dar posse ao Conselho Municipal de Segurança, porque entendemos ser um instrumento de trabalho de grande importância, para, através do mesmo, recolher informações de relevo para definir as políticas de segurança adequadas ao nosso concelho. Exemplo disso serão os locais que os profissionais das forças de segurança definirem como espaços adequados e cabe ao executivo respeitar as mesmas, dando um sinal de confiança aos profissionais.

Que medidas, que não sejam da competência da Administração Central, entende que podem e devem ser adotadas pelo município para aumentar a segurança no concelho?
As medidas que defendo passam sempre pela Administração Central, dialogar com intenção de conseguir mais meios humanos e materiais, porque entendemos que deve ser uma preocupação do Governo Central baixar ainda mais a criminalidade. Uma comunidade segura sente outro conforto. Quero salientar ainda um número em especial, que cresce e nos causa muita preocupação, falamos da violência doméstica no nosso concelho, que subiu, segundo os últimos dados disponíveis no RASI [Relatório Anual de Segurança Interna]. Temos medidas a implementar, com acções de formação nas escolas – esta é uma medida muito importante. Outra medida que trazemos é a construção de boxes municipais para acolher os equídeos, que muitas das vezes pastam em locais públicos causando a insegurança da população.

Na área do desporto, aponta à concretização de dois pavilhões gimnodesportivos em quatro anos e ao desenvolvimento de um projeto de cidade desportiva, em 12, na Quinta da Fonte da Prata. Como? E, no caso dos pavilhões, quais as localizações previstas?
Construção de dois pavilhões gimnodesportivos na Escola Secundária da Baixa da Banheira, no Vale da Amoreira, assim como na Escola Fragata do Tejo, em quatro anos. O desenvolvimento e criação de novas infraestruturas desportivas será um desígnio para nós. Sobre a Cidade do Desporto, queremos desenvolver o projeto em módulos, para durante o processo de execução, sendo um investimento de grande envergadura, encaixar cada módulo no seguinte. Por isso mesmo, prevemos um prazo alargado e o valor [de grande envergadura].

Que propostas apresenta para a área da educação?
Além do que são as competências transferidas e não exercidas pela Câmara da Moita, queremos corresponder às reais necessidades de toda a comunidade escolar, executando as melhorias básicas, ao nível do conforto e bem-estar de todos. Queremos ainda dotar as escolas do concelho com equipamentos mais modernos, que contribuam para a melhoria das condições do processo de ensino e aprendizagem, assim como contratar mais assistentes operacionais.

Teceu duras críticas ao atual executivo municipal. Reconhece algum ponto positivo a este mandato de gestão PS?
Não, tiveram sim a capacidade de dividir a população, entre os amigos e os outros. Instalou-se um clima de arrogância e ameaças, que, na minha opinião, é a arma da falta de competência e da falta de preparação para o desempenho de um cargo de tamanha responsabilidade.
Dizer também que, depois de ser eleito em 2021, o candidato do Chega, logo após as eleições, tornou-se independente, através de uma oferta privada de “compra de voto para aprovar tudo”, em troca de uma avença de cerca de 80 mil euros de assessoria em quatro anos, que para nós não acrescentou nada a não ser despesa pública sem qualquer sentido, assim como emprego para a mulher e ainda um conjunto de apoios para a associação da qual tinha sido parte integrante. Isto é de conhecimento público, o presidente atual não conseguiu construir uma solução de governo da Câmara sem “comprar” alguém com dinheiros públicos, o que considero gestão danosa.
A cereja no topo do bolo é ver quem se deixou amarrar ao PS ser agora independente e candidato pelo CDS, tendo nas intervenções públicas dito que são precisas mudanças e fazer diferente.
Dito isto, afirmo como defensor da minha terra e da transparência da “arte de governar” que é o sinal de que nos últimos quatro anos tivemos o que escolhemos, com toda a certeza. Mas, vou mais longe, tivemos presentes também os grandes responsáveis pelo crescimento do “populismo barato”, através das más práticas. Exemplos disso mesmo foram empregos para filhos, irmãos, primos e amigos, sendo, na minha opinião, o que de pior se faz na política local. Espero que a população reconheça isto mesmo.

Recuperar um lugar de vereador perdido nas últimas autárquicas será um resultado satisfatório para o PSD?
Nós, enquanto PSD Moita, temos objetivos bem claros e definidos, não trabalhamos sem orientação, para assumir publicamente que queremos aumentar o número de eleitores, o número de eleitos e que queremos fazer parte das decisões. Isto quer dizer que se não elegermos pelo menos um vereador, o resultado será negativo, visto que o nosso projeto passa por voltar a ter um PSD respeitado no nosso concelho e isso só se consegue com representação nas decisões, diga-se na vereação.

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