Fabrício Pereira: “Somos uma terra com uma cultura rica e que não podemos deixar cair”

Fabrício Pereira: “Somos uma terra com uma cultura rica e que não podemos deixar cair”

Fabrício Pereira: “Somos uma terra com uma cultura rica e que não podemos deixar cair”

Presidente da Junta de Freguesia da Moita vê educação como uma das prioridades do presente mandato

 

Natural da Moita, casado e pai de duas filhas, Fabrício Pereira, novo presidente da Junta de Freguesia da Moita, em entrevista a O SETUBALENSE, recorda que desde jovem faz parte do movimento associativo da vila – tendo o rio Tejo como um dos seus principais hobbies –, e fala sobre as mudanças que pretende implementar nesta área do território.

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Como encara a sua eleição para presidente da Junta?

A vila da Moita é a minha casa. Recordo com saudade os tempos vividos na pacata Praceta 1.º de Maio, local onde fui criança, adolescente e dei os primeiros passos nos movimentos do associativismo, na companhia do meu pai. Do teatro à música, passando pela constituição do centro náutico, sempre me envolvi naquilo que foram as causas, costumes e tradições desta terra. Vivi as suas alegrias e angustiei-me com as suas tristezas. Vivo de desafios. Essa é a forma de estar que me alimenta desde tenra idade e que se reflete no meu percurso pessoal e profissional. Desde Setembro que os fregueses da Moita me lançaram o maior desafio da minha vida profissional, mas, também, aquele que abracei de forma mais entusiasta e responsável, que foi presidir a esta Junta.

Que mudanças pretende implementar na freguesia?

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Tem sido um início de caminho árduo, mas aliciante, sustentado por uma equipa unida, que trabalha diariamente de forma afincada para transformar a freguesia de acordo com o enorme potencial das gentes que a compõem. Podemos e devemos ser muito mais do que aquilo fomos nos últimos anos. Não esquecemos as nossas origens e tradições, assentes numa cultura popular vasta e num património natural de grande beleza, todavia, e fazendo jus à decisão dos moitenses, é tempo de dar um passo em frente, de transformar a nossa freguesia dotando-a de uma estratégia inovadora, que seja capaz de incluir todas as gerações nas decisões e futuro da Moita, e, mais do que isso, que o façam com orgulho e sentimento de pertença. Queremos chegar a todos e vamos chegar a todos.

Quais as prioridades para este mandato?

A educação é uma das nossas prioridades. Mas não são apenas os mais jovens que merecem a nossa atenção. Iremos também aplicar um plano de combate ao isolamento sénior, implementando diversas iniciativas de ocupação de tempos livres – desde actividades formativas, a tarefas de cariz mais artísticas e lúdicas –, que permitirão um constante e salutar desenvolvimento de competências em diversas áreas. O Orçamento Participativo é uma das nossas propostas eleitorais e encontra-se em fase de redacção do respectivo regulamento. Pretendemos igualmente recuperar o evento “Moita Reconhecida”, que durante os dois mandatos do saudoso Manuel Luís Beja, como presidente desta Junta, reconheceu diversas personalidades que contribuíram para a elevação da Moita e das suas gentes. Tradição e Inovação: este foi o slogan da nossa campanha e a linha orientadora das estratégias que assumimos para o futuro. Somos uma terra com uma cultura rica, muito característica e que não podemos deixar cair.

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Ao nível do património existente, que intervenções considera mais urgentes?

Temos orgulho no nosso património histórico. Foi com alguma tristeza que encontrámos algum do legado da freguesia sem qualquer registo de manutenção efectuado e ao abandono, possivelmente, durante anos. Já estamos a trabalhar no seu restauro e manutenção, assim como num plano de intervenção para passeios e calçadas deterioradas, que não honram um dos maiores patrimónios do país, transformando-se num local de perigo iminente. Vivemos dias desafiantes na freguesia da Moita. Aceitamos os reptos com a mesma energia, confiança e entrega com que aqui chegámos no primeiro dia. Gostamos de estar juntos dos nossos fregueses, perceber as suas dúvidas e inquietações, e, acima de tudo, apresentar respostas e soluções à população.

Que mensagem gostaria de deixar aos moitenses neste Natal?

Em breve, entraremos numa quadra de afecto, amor e esperança. O Natal está à porta e traz consigo valores prósperos no horizonte. Que a compreensão, perseverança e proximidade tão próprias desta época do ano, sejam uma realidade para todos os portugueses, com especial destaque para os moradores da freguesia e claro, para todos os leitores do vosso jornal.

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