Nuno Cavaco afirma que muitas pessoas têm dificuldades no acesso a Equipamentos de Protecção Individual
Desde a última sexta-feira e à semelhança de outros pontos do concelho da Moita, a União de Freguesias da Baixa da Banheira e Vale da Amoreira está a proceder à “distribuição de duas máscaras cirúrgicas a cada pessoa que as solicite”. Em declarações a O SETUBALENSE, o presidente Nuno Cavaco adiantou que até esta quarta-feira “já foram entregues cerca de cinco mil máscaras” junto da população, em vários pontos existentes nas duas localidades, tendo acrescentado que “desde que começámos a fazê-lo, temos entregue máscaras, sobretudo, às pessoas mais carenciadas, mas também a outros grupos”, tendo sido o próprio a realizar parte desta tarefa.
O autarca afirmou que em média, aquela União de Freguesias tem efectuado “a entrega de 700 máscaras por dia, compradas na sua maioria pelo nosso executivo e pela câmara municipal”, a uma empresa que possibilitou que a encomenda chegasse o mais cedo possível ao concelho. “Apesar de já termos algumas em nosso poder, decidimos adquirir um total de 6500 máscaras para distribuir” pelos habitantes.
Nuno Cavaco disse ainda que tem fornecido algum deste material a “colectividades” da região e que pretende proceder em breve a uma acção na Rua 1º de Maio, uma das artérias onde se registaram, anteriormente, alguns ajuntamentos de pessoas. “A máscara é descartável e só pode ser utilizada num determinado período, pelo que já são várias as pessoas que as usam apenas para ir comprar pão ou à mercearia”, sublinhou, tendo referido que, desde que sejam bem usadas, as mesmas “podem durar alguns dias”.
“Pelo que entendemos e apesar de não ser da nossa competência, é que se não o fizéssemos havia muita gente que não tinha acesso a usar máscara”, afirmou, tendo no último sábado surgido o caso de uma família numerosa a quem a junta teve a necessidade de entregar mais de uma dezena de unidades.
O presidente realçou ainda que a União de Freguesias preferiu não adoptar a distribuição das unidades pelo correio, na medida em que “são vários os fogos que não são de primeira habitação ou que não têm pessoas a morar”, e desta forma “estaríamos a desperdiçar várias máscaras”, explicou.
Em relação ao concelho, o autarca informou igualmente que até esta data o município “já deu cerca de 10 mil máscaras” à sua população, estando previstas mais acções para fazer chegar este tipo de materiais aos residentes.