Candidatos discutem propostas para habitação, segurança, saúde e educação

Candidatos discutem propostas para habitação, segurança, saúde e educação

Candidatos discutem propostas para habitação, segurança, saúde e educação

Auditório da biblioteca esteve cheio para ouvir as medidas dos sete cabeças de lista à presidência da Câmara da Moita

O auditório da biblioteca da Moita encheu para, na passada quinta-feira (18 de setembro), ouvir o que cada um dos candidatos à presidência da Câmara Municipal da Moita tinha para dizer quanto ao desenvolvimento do concelho.

- PUB -

O debate promovido por O SETUBALENSE com o apoio da Aiset, e parcerias da Rádio Popular FM, Rádio Sines Rádio Miróbriga M24 Rádio Pax e o jornal O Leme, teve uma duração de duas horas e meia com o objetivo de melhor informar os eleitores sobre em quem votar no próximo dia 18 de setembro.

Habitação, segurança, saúde e educação foram os quatro principais temas em cima da mesa, mas durante todo o tempo não faltaram acusações e questões por parte de todos os cabeças de lista.

O jornalista Mário Rui Sobral foi o responsável por moderar o debate em que participaram Carlos Albino (PS), Alfredo Vieira (Chega), João Pedro Figueiredo (CDU), Joaquim Conceição (PSD), Joaquim Raminhos (BE), António Arantes (ADN) e Ivo Pedaço (CDS).

- PUB -

Habitação

O candidato do PS explica que a autarquia tem desenvolvido um regulamento de renda acessível e apostado a reabilitação do edificado já existente. Referencia ainda que têm feito pressão junto do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) para que as casas devolutas possam passar para as mãos da autarquia.

Do lado do BE há o entendimento de que esta é uma das “inércias que se foram arrastando” e que é “urgente” repensar o investimento público na habitação. Ao focar outras áreas onde considera importante investir – urbanismo e higiene urbana – refere que “o núcleo da habitação está muito deficitário” e que nesta matéria o concelho está “adiado”.

- PUB -

O cabeça de lista do Chega defende a construção de habitação para a classe média e para a “classe social” e fala verbas através do Banco Europeu de Investimento. Se vencer as eleições refere que se vai valer da ferramenta “direito de opção”, devido à falta de casas de 1.ª habitação.

Já o candidato do PSD quer ser “pragmático” e quer novas construções que “atraiam pessoas diferentes”. O social-democrata destaca ainda a valorização dos jovens, através de apoios fiscais, e também ideia de a câmara municipal poder assumir o papel de arrendatário.

O número um do ADN diz que, se for eleito, vai investigar todos os investimentos feitos em matéria de habitação nos últimos 45 anos. Além disso compromete-se a apoiar todas as pessoas do concelho que não tenham casa própria para que possam ter “uma habitação digna”.

Reabilitação e aproveitamento do património existente, levantamento dos imóveis devolutos, habitação acessível para os jovens, regulação e equilíbrio do mercado, planeamento e crescimento sustentável e apoio social direto são algumas das intenções do candidato do CDS-PP.

O candidato da CDU começou a intervenção a garantir que foi a coligação que construiu toda a habitação municipal existente no concelho. Ampliar o parque habitacional municipal, realizar obras de adaptação para pessoas com necessidades especiais, implementar a Estratégia Local de Habitação e dialogar com o IHRU são outras das propostas.

Principais propostas ao eleitorado

Nesta matéria Joaquim Raminhos defende um “projeto global que acompanhe o concelho”. O bloquista quer, concretamente, uma revisão global do Plano Diretor Municipal (PDM) e virar o município “para o rio”, através do desenvolvimento da zona ribeirinha com mais postos de embarcação para os barcos e, a renovação de antigos estaleiros.

Alfredo Vieira referiu que a segurança, a requalificação da rede viária e a higiene urbana são as principais intervenções a fazer. No âmbito da segunda medida o candidato do Chega entende que as prioridades são as zonas mais movimentadas, como as escolas. Entende que há “pequenos trabalhos” que podem ser delegados às freguesias.

Joaquim Conceição quer novas oficinas para os trabalhadores municipais e, nos terrenos onde se encontram as atuais, transformá-las em habitação a custos controlados. Melhorar as festas da cidade, identificar despesas e serviços externos são outros assuntos levantados do social-democrata.

Para António Arantes as prioridades são requalificar a zona ribeirinha, apoiar mais as associações, melhorar as condições dos trabalhadores, assim como apoiar as escolas e seus profissionais. Limpar e alargar a praia do Rosário e melhorar a zona do mercado municipal é outra das ideias do candidato do ADN.

Ivo Pedaço quer reabilitar os centros urbanos das freguesias, melhorar as estradas e passeios da cidade, intervir e modernizar os centros de saúde de Alhos Vedros, Vale da Amoreira e Moita. Uma outra proposta do cabeça de lista do CDS é pedir empréstimos ao BEI e a fundos europeus.

João Pedro Figueiredo referiu que as necessidades principais são a melhoria das estradas e “voltar a fazer uma recolha de lixo e de monos”. O comunista destaca a intervenção nas escolas em matéria de segurança e a manutenção dos espaços verdes.

Além de responder às acusações dos restantes candidatos o socialista Carlos Albino destacou a necessidade de fazer os pavilhões da Escola Secundária da Baixa da Banheira e da Fragata do Tejo, avançar com a requalificação da Praia do Rosário, ambas com apoio do PT2030 e a construção de um novo quartel da GNR.

Segurança

O candidato do Chega propõe a instalação de câmaras de videovigilância e protocolar com a GNR e a PSP contratos de segurança. Diz ainda que o executivo tem de dar incentivos habitacionais para fixar estes profissionais.

No PSD a intenção é dar posse ao Conselho Municipal de Segurança pois é “o melhor instrumento” autárquico para a recolha de informação. Entende ainda que não é o presidente da autarquia que deve definir onde se encontra a videovigilância.

Para o ADN há necessidade de videovigilância em alguns locais como, por exemplo, a Baixa da Banheira. Defendem também a polícia municipal, mas questionam o que acontecerá à PSP aquando da construção da nova esquadra da GNR.

Já do lado CDS a polícia municipal é uma das prioridades, e trabalhar em articulação com a PSP e a GNR, também a videovigilância em “locais estratégicos”. Patrulhas apeadas e de proximidade é outra medida, a par do reforço do Conselho Municipal de Segurança.

A CDU defende a “proximidade” através de mais efetivos e reforço de meios. Criticou também a falta de construção do novo posto da PSP na Baixa da Banheira, apontando dedos ao PS.

Quanto a este assunto o candidato socialista refere ter falado com os últimos três ministros da Administração Interna e, após isso, foi entregue à autarquia o projeto corrigido – depois de terem sido apontadas falhas. Adiantou que já está aprovada a videovigilância para os parques da cidade.

Do lado do BE exigem uma grande atenção de segurança nas escolas, também com câmaras de videovigilância, uma polícia de proximidade, com patrulhas pela cidade, mas não defendendo a polícia municipal.

Educação

O candidato do PSD quer investir na componente desportiva das escolas, com a construção de dois pavilhões na Secundária da Baixa da Banheira e outro na Fragata do Tejo. Aponta ainda intervenções nas escolas da Baixa da Banheira e do Vale da Amoreira.

O ADN defende ATL’s camarários e que o executivo reveja as questões da Educação para um maior investimento não só nesta como também na componente desportiva.

Requalificação e modernização dos edifícios, aposta em novos equipamentos digitais e inovação tecnológica, apostar na eficiência e sustentabilidade das escolas e fazer parcerias com associações e clubes locais são as propostas do CDS.

Na CDU as prioridades são a elaboração de uma nova carta educativa e o reforço de assistentes nas escolas “de acordo com as necessidades efetivas das escolas”.

O candidato do PS compromete-se a fazer projetos de requalificação das cinco escolas prioritárias, e restantes, aos fundos de financiamento. Adianta quererem continuar a apostar nas CAF’s, na fruta escolar, a escola a tempo inteiro e garante que a eficiência energética nas escolas é um tema que está a ser tratado.

Para o BE é importante dar mais apoio às famílias porque, no entender do candidato, os estudantes têm maior produtividade se as suas famílias viverem bem. Defende ainda mais intervenção no parque escolar.

Do lado do Chega a ideia é reforçar o programa Escola Segura e destaca ainda o reforço da “merenda escolar”, porque entende que este é o “dever social” da autarquia.

Saúde

 O ADN aponta falta de organização não só na saúde como nos bombeiros. Acusa até que os bombeiros sapadores recebem menos remunerações que os bombeiros voluntários.

O CDS prevê um investimento nos centros de saúde e mais proximidade com unidades móveis de saúde, que pretendem que sejam financiados com fundos europeus, transferências do Estado e com o orçamento municipal.

A CDU referiu que há 30 mil utentes sem médico de família e salienta a falta de especialidade na USF Baixa da Banheira. Entende ainda que estão a ser promovidas unidades de saúde privadas no concelho, e que isso retira profissionais ao SNS.

O PS acusa o Governo de dever ao concelho 1 milhão e 115 mil euros, quando o tema é a USF da Baixa da Banheira. Alargar a unidade móvel de saúde, apostar na mobilidade 360 e criar uma delegação de bombeiros nas Fontainhas são as medidas propostas.

Já o BE refere que a USF Alhos Vedros está a perder valências e que, em relação às restantes freguesias, está a “ficar muito aquém da população”.

O Chega defende que para as USF é necessário equipamento técnico, para evitar a sobrecarga do hospital. Entende que o município tem de aderir à Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis para que os profissionais trabalhem em rede.

O PSD defende que as unidades de saúde locais precisam de ter equipamentos e meios humanos para não criar pressão nos hospitais.

Partilhe esta notícia
- PUB -

Notícias Relacionadas

- PUB -
- PUB -

Apoie O SETUBALENSE e o Jornalismo rumo a um futuro mais sustentado

Assine o jornal ou compre conteúdos avulsos. Oferecemos os seus primeiros 3 euros para gastar!

Quer receber aviso de novas notícias? Sim Não